Por outro lado, o executivo pondera a respeito dos resultados das triagens feitas pelos sistemas informatizados de recursos humanos. “Não podemos dizer que o processo fica mais assertivo, por alguns motivos. Primeiro, não existe o funcionário perfeito e tão pouco a empresa ideal, às vezes o melhor candidato não é o melhor profissional, além disso, o software serve apenas para filtrar os currículos e facilitar a observação e análise do recrutador”, enfatiza.
De acordo com Raffa, os sistemas cruzam dados dos perfis que a empresa está buscando com as características dos candidatos, fazendo uma análise superficial. Para ele, a informação não é 100% precisa, mas os indícios podem orientar as escolhas dos recrutadores. “Na próxima década, vamos ter mais processos à distância e menos presenciais, porém as companhias terão mais dificuldades para encontrar profissionais mais qualificados e vão precisar de resultados assertivos de seleção”, avalia o diretor.
A automatização das tarefas é inevitável para todos os setores, inclusive o de recursos humanos. “A própria evolução humana tem que acompanhar a expansão tecnológica, mas não podemos esquecer que pessoas gostam de pessoas, e o feedback frente a frente é fundamental”, afirma Raffa.