Liderança: compatibilização de chips

Autora: Regina Nogueira
Entre os séculos XVII e XIX, iniciava na Europa um conjunto de mudanças que futuramente abalariam as estruturas de trabalho em todo o mundo, a Revolução Industrial, que consistiu na substituição de trabalho artesanal pelas máquinas. O “boom” tecnológico e o surgimento de inovações como computador, celular e internet, trouxe um leque extenso de informação para a palma de nossas mãos, o que, consequentemente, provocou uma nova dinâmica dentro do ambiente corporativo. Com as transformações e maior acesso a informação, o papel do líder foi potencializado e tornou-se ainda mais desafiador, afinal é preciso gerir o relacionamento e desempenho de três gerações (X, Y e Z), nascidas e criadas em momentos diferentes da revolução da tecnologia e informação.
A grande diferença do chefe e do líder está exatamente no comportamento perante a equipe, ou seja, um gestor que manda, impõe medo, centraliza e limita talentos obtém uma equipe instável que até entrega resultados, mas com prazo de validade. Já o líder é o que inspira e treina seus profissionais para um futuro próspero.
Desafios da liderança
Alguns modelos de celulares foram projetados para funcionar com diferentes chips em um mesmo aparelho, se quiser, o usuário pode utilizar um chip de cada operadora para uma função, ou seja, um para ligações, outro para envio de mensagens, outro para acesso à internet e um quarto para jogos. O mesmo acontece dentro dos ambientes de trabalho, cada geração possui sua característica e cabe ao líder compatibilizar diferentes chips para o funcionamento de excelência.
Com a analogia é possível analisar o tamanho do desafio de uma liderança de sucesso. Não basta estar à frente de um grupo de profissionais, no comando de grandes decisões e com alta responsabilidade, o ideal é criar uma equipe perene e que o acompanhará nas demandas, metas e desafios estabelecidos pela empresa e pelo mercado.
O líder 2.0 ou o líder coach é aquele que inspira as pessoas por meio de seu desempenho e faz com que os liderados tenham vontade de segui-lo, entende os limites e desenvolve competências específicas em cada profissional da equipe, fisga, retém a atenção de gerações diferentes e, em equipe, projeta metas e enfrenta desafios.
Autoconhecimento e autopercepção
Se você terminar o dia com a sensação de que não rendeu, não fez o que havia se proposto é um bom indicio de que algo não vai bem e que desperdiçou energia. A partir deste momento é ideal observar, ir além e perceber que o desempenho está diretamente ligado com os seus comportamentos e pode ser aprimorado a partir de técnicas de autoconhecimento e autopercepção.
O desconforto leva à busca de novas habilidades, sendo assim, ao sentir-se desconfortável com a posição que assume, busque mudanças, reciclagem, descobertas e treine novas capacidades.
Por meio de técnicas de reflexão, o coaching ajuda o gestor a repensar os motivos pelo qual ele não consegue manter uma equipe, não se sente produtivo com o trabalho realizado diariamente e as causas da falta de inspiração de sua equipe. Além disso, o coaching irá treiná-lo até que ele possa assumir a responsabilidade sobre seus comportamentos, que fazem total diferença no desempenho da equipe.
O exercício da liderança é aprimorado diariamente com o desenvolvimento do autoconhecimento e da autopercepção. Com o aprimoramento dessas habilidades, o líder torna-se mais sensível às particularidades dos liderados e do cenário que está imerso.
Não é possível gerir equipes e empresas da mesma forma como era feito cinco anos atrás. O mundo está em constante mudança e se o gestor não estiver preparado ele irá se perder na avalanche de informações.
Dica: autoconhecimento e autopercepção são habilidades-chave para uma liderança efetiva e uma equipe perene! Invista em você.
Regina Nogueira é coach, consultora empresarial e fundadora da Regina Nogueira Coaching e Consultoria Empresarial.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima