Mapeamento comportamental

Autora: Mônica Hauck
Partindo do pressuposto que, nesta era da informação, o capital humano está se tornando um dos ativos mais importantes das organizações, independente do segmento de atuação, é elementar a necessidade de investir nele, valorizando-o de todas as formas possíveis. A valorização do capital humano só gera ganhos. Para o funcionário, que ficará mais motivado para trabalhar; para a equipe, que ganhará em qualidade; e para a empresa, que verá todos esses benefícios se transformarem em lucros.
Dentro do quesito incentivo, sempre surge a dúvida sobre qual é a melhor maneira de valorizar os colaboradores. Bolsa de estudo, prêmios e flexibilidade na rotina de trabalho são alguns dos itens usados por empresas para tentar motivar seu capital humano. Porém, o que poucos levam em consideração é fazer um mapeamento comportamental prévio do profissional.
Colocar a pessoa certa no lugar certo é a maneira mais assertiva de conseguir um ambiente de trabalho produtivo e motivado. A gestão de pessoas fica facilitada uma vez que o trabalho flui mais naturalmente com o colaborador desempenhando funções e atividades condizentes com sua personalidade, gostos e pontos fortes. Assim, fica mais tangível alcançar o objetivo almejado por dez entre dez líderes: que o colaborador “vista a camisa da empresa”.
Outro ponto favorável de se fazer um mapeamento comportamental prévio é que o líder passa a conhecer e a compreender melhor seus liderados, exigindo dele menos esforço para gerir o dia a dia da empresa, reduzindo os conflitos internos e aumentando a produtividade. Até mesmo empresas que estejam passando por algum momento delicado em sua saúde financeira podem usufruir de benefícios do mapeamento comportamental, uma vez que a assertividade proporcionada pela ferramenta potencializa os resultados, evita desperdícios e o chamado turnover (rotatividade) das empresas.
Para quem pensa que traçar esses dados é algo complicado e que exige dinheiro e pessoal especializado, saiba que atualmente existem ferramentas que, em minutos, por meio de um questionário respondido pelo entrevistado à vaga, detalham todo o perfil comportamental do profissional. Algumas delas chegam a ter assertividade de 98% em sua análise, validadas por grandes instituições como universidades e órgãos do governo.
Portanto, em um ambiente tão competitivo como é o corporativo, em que detalhes diferenciam um concorrente de outro, o mapeamento comportamental dos colaboradores pode e deve entrar, definitivamente, para o centro de estratégia das empresas. Da contratação à demissão, passando pelo rendimento corporativo, esta ferramenta auxilia nas decisões, resultados e saúde da empresa.
Mônica Hauck é empresária, CEO e cofundadora da Solides. É graduada em História, pesquisadora especialista em culturas políticas e organizacional, com MBA em Gestão Empresarial.

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