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Motivação – O caminho para a performance organizacional

As organizações empreendem diversas iniciativas visando à melhoria de sua performance. A competição é cada vez maior e a diferenciação pelos processos de gestão é o caminho para a perenidade. O mercado exige que se faça mais, com menos recursos e com melhor qualidade.
A aplicação de disciplinas de gestão divide-se sempre em duas vertentes, a que denomino de mecanicista e a orgânica. Ambas devem ser consideradas em conjunto, para obter-se ganhos reais de resultados.
A vertente mecanicista compreende a aplicação de ferramentas para a melhoria da performance organizacional. Nesta vertente a intervenção ocorre no nível dos processos organizacionais, na ordenação das tarefas. O desafio é sempre realizar o menor esforço possível para alcançar determinado objetivo. O tratamento é mecânico e os processos devem funcionar como máquinas de precisão, gerando resultados constantes e previsíveis. A variação é indesejável. Existem muitas imperfeições nesta vertente e muitas possibilidades de melhorias, porém os limites são dados pelas realidades tecnológicas, financeiras e organizacionais, sendo, como dito anteriormente, previsíveis.
A vertente orgânica compreende todas as condições envolvidas nas reações humanas ao ambiente e ao trabalho. Envolve um conjunto de competências e habilidades cujos limites não são determinísticos e as respostas variam dentro de um intervalo considerável. As iniciativas nesta vertente são muito tímidas e, quando realizadas, normalmente seguem orientações isoladas, modismos e o que é pior, sem medidas dos resultados alcançados.
Os consultores e executivos têm falado muito do problema de não se obter o melhor das pessoas envolvidas nos objetivos organizacionais, bem como os estudiosos deste ramo da gestão têm dedicado tempo e recursos para o desenvolvimento e aplicação de conceitos e teorias. Os resultados, no entanto, são ainda bastante tímidos. As perdas oriundas da má performance das pessoas envolvidas nos empreendimentos organizacionais são de expressão tão considerável, que inviabilizam uma empresa e até mesmo um país.
A palavra chave para a virada do jogo é Motivação. A questão parece simples, mas é muito complexa. A motivação permite que pessoas se comprometam com determinados objetivos e possam superar obstáculos, aparentemente intransponíveis. No entanto a motivação é algo que vem de dentro das pessoas e, em conseqüência, tem caráter individual, mesmo que possamos considerar determinados padrões de comportamento associados a grupos específicos.
Existem muitos meios para estimular a motivação das pessoas. Podemos tomar como base, de reflexão, a pirâmide de Maslow que define cinco níveis de necessidades básicas do ser humano. A base da pirâmide representa a necessidade mais fundamental a ser atendida e é representada pelas “Necessidades Fisiológicas”. Em seqüência e na direção do topo da pirâmide encontramos as necessidades de “Segurança e Proteção”, “Amor e Posses”, “Auto-estima” e “Realização Pessoal”. A motivação está diretamente relacionada com o atendimento destas necessidades.
Desenvolver um plano que considere as características do grupo ou subgrupos em relação aos cinco níveis é um primeiro passo para acendermos a paixão necessária nas pessoas. Serão pouco eficientes ações direcionadas à auto-estima, para grupos que estejam preocupados com sua segurança. Considerar que haverá resposta às ações de socialização para grupos que estejam preocupados com sua auto-realização é uma avaliação arriscada.
Não há como esquecer que a motivação não está restrita ao ambiente de trabalho e é influenciada pelos ambientes sociais que a pessoa vive em seu país, cidade e família. A capacidade de ser sensibilizado, no ambiente de trabalho, por ações motivacionais dependerão, fortemente, dos ambientes externos vividos, o que aumenta bastante a complexidade de qualquer ação generalista.
Ações motivacionais são ferramentas poderosas para a melhoria de performance dos recursos humanos das organizações e possuem reflexo direto na própria performance organizacional. A aplicação de ações isoladas e que não levem em consideração os aspectos discutidos neste artigo em seu planejamento, não trará os benefícios possíveis que está ferramenta da gestão permite. Uma empresa que possua pessoas altamente motivadas será imbatível na briga pela diferenciação no mercado. Afinal “A motivação remove montanhas”.
Heron Domingues é diretor da Zoë Management Office e coordenador do curso de MBA em Gestão de Projetos da FUNCEFET (Fundação de Apoio ao Centro Federal de Ensino Tecnológico). ([email protected])

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