A nova Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada em setembro deste ano, trouxe diversas obrigações para as empresas que lidam com informações de clientes. Exige-se maior transparência, responsabilidade e cuidado no tratamento desses dados. Tendo em vista tais mudanças, as companhias precisam se situar na demanda do mercado para poderem adequar-se a essas novas perspectivas. Um dos pontos mais cruciais para tais organizações é trabalhar internamente as regras atuais, para que todos os funcionários estejam na mesma página e possam trabalhar em conjunto para reestruturar os processos e as atividades da companhia. A cultura da empresa precisa ser trabalhada para que exista um contínuo desenvolvimento em torno da novidade. Esse é um dos maiores desafios a serem enfrentados pelos gestores. “A maior dificuldade é trabalhar a cultura e capacitação das áreas impactadas para maior adequação”, comenta Bráulio Lalau de Carvalho, CEO da Orbitall.
Enquanto as dificuldades aparecem, fica clara a necessidade de uma regulamentação em torno dessa atividade para que as próprias empresas encontrem espaço para trabalharem com responsabilidade e segurança, o que deve trazer diversas facilidades para tais companhias. “A vantagem é maior transparência, credibilidade, competitividade, segurança para seus contratantes e aderência as boas práticas de mercado”, explica Carvalho.
Para o CEO, um dos fatores mais cruciais da legislação é a sua fiscalização. A lei previa a criação de uma agência fiscalizadora que exerceria tal função, mas sua abertura foi vetada no congresso. “A criação da autoridade é fundamental. Sua função vai muito além da fiscalização e repressão. Na verdade, a agência será importante desde já, pois contribuirá para orientar as empresas e os cidadãos sobre obrigações e direitos previstos no novo regulamento”, finaliza o executivo.