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Não seja meia-boca


Paulo Araújo

Você nasce sem pedir e morre sem querer, então trate de aproveitar bem o intervalo. Pensando assim dá até vontade de fazer o melhor e curtir ao máximo nossa curta vida terrestre. Portanto, esqueça a terrível idéia de deixar para amanhã o que pode ser feito hoje, arregace as mangas e faça o seu melhor agora, pois é isso que verdadeiramente conta. Fuja correndo da impressão de ser meia-boca, ou seja, aquela pessoa que para ela tudo está bom, e quer mesmo é que o mundo acabe em barranco para morrer encostada. Você não quer ser confundido com um cara meia-boca, quer? Para que isso nunca aconteça basta prestar bastante atenção nas dicas abaixo.

Cumpra o prometido. Todo meia-boca nunca ou quase nunca cumpre o que prometeu. O que é frustrante para quem recebeu a promessa e que pode gerar uma péssima imagem de sua palavra. Não dá para fazer? Tudo bem, mas não prometa que dá. Aprenda a dizer não. Super-homem ou mulher-maravilha são personagens que só funcionam no mundo da ficção.

Vá até o fim. Começou? Termine. Nada de deixar as coisas malfeitas ou inacabadas. Também não é aconselhável colocar terceiros na história e complicar ainda mais o enredo. Aprenda a delegar, confiar na equipe e estimular para que o objetivo seja atingido. Evite acúmulo de tarefas e nunca deixe histórias com finais indefinidos.

Almeje a excelência. Meias-boca costumam rotular os excelentes de “pessoas certinhas ou extremamente exigentes”. Melhor rotulado por fazer bem do que por fazer tudo mal. Já que não tem jeito e a tarefa tem que ser feita, escolha o Método do Capricho. Você o aprendeu lá nos tempos da escola primária onde a professora sempre falava: “Caprichem, crianças!”. E como toda criança, nada mais é do que um ser humano mais crescidinho e experiente, já deu para aprender a lição. Trate de caprichar! Fazer o melhor que se pode, não o que é simplesmente o possível. Evite as palavrinhas: não sei, não posso, não consigo. Elas acabam com qualquer carreira.

Deixe a preguiça de lado. Eu sei que não é fácil e tem horas que dá vontade de jogar tudo para o alto. A preguiça atrapalha e só de pensar já ficamos cansados. Mas pense na satisfação de algo terminado e bem-feito. A consciência tranqüila, o respeito e admiração dos colegas ou a satisfação de um cliente. É só pensar assim e dizer bem alto para si mesmo: “Xô, preguiça!”. Você vai ver como ela vai embora. Brincadeiras à parte, não deixe a preguiça atrapalhar o seu trabalho. Tá cansado? Pare um pouco, vai fazer outra coisa, dê uma volta, pratique exercícios que logo a inspiração retorna.

Evite a omissão. Nada pior do que pessoas que se omitem de resultados, fogem de responsabilidades e sempre dão um jeitinho de tirar o corpo fora. Usando uma linguagem futebolística, digo: “Não fuja das divididas!”. O confronto, um contato um pouco mais forte faz parte do jogo. Tudo é problema de todos, tudo é interdependente. O que estiver ao seu alcance faça. Não fuja do jogo porque o banco de reservas fica bem ali próximo do gramado.

Não tema críticas. Errou e daí? Já diria o ex-Big Brother Bambam: “Faz parte!”. Não seja tolo o suficiente para ficar esperando só elogios, porque nem sempre eles virão. É quase uma raridade no mundo organizacional. Porém as críticas sempre estão presentes. Sempre vai ter alguém para dizer que está errado, que não era bem assim e agradar a todos é uma grande utopia. O diferencial dos vencedores é que sabem lidar com as críticas, não se deixam abater ou dão logo a volta por cima. Tente tirar o máximo proveito de situações indesejadas e aprenda a lidar com comentários maldosos ou negativos.

Agindo assim você passa longe de ser confundido com um profissional meia-boca, daqueles que pouco agregam, mas que sempre esbarramos pelo nosso caminho. Seja o maior exemplo de que vale a pena construir uma imagem de profissionalismo e competência na sua carreira. Sua empresa, comunidade, fornecedores e clientes vão adorar.

Paulo Araújo é palestrante e escritor. Autor de “Motivação – Hoje e Sempre” (editora Qualitymark), entre outros livros.

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