Depois de muita especulação, a Telefónica concluiu as negociações para venda da Atento ao private equity norte-americano, Bain Capital. A operação movimentou mais de 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bi) e deixou o mercado de call center ansioso para conhecer os novos rumos que podem ser traçados pela companhia dos EUA. “Acredito que essa mudança vai trazer uma postura diferente ao mercado e demonstrará mais foco na atividade”, opina o do gerente de processos de integração de vendas e supply da Syngenta Proteção de Cultivos, Marcos Fábio Mazza, em entrevista exclusiva ao Callcenter.inf.br.
Ponto comum entre especialistas, a venda da Atento deve acirrar ainda mais a concorrência entre as corporações, independente do seu porte, já que a companhia está entre as líderes do mercado de call center brasileiro. Na opinião de Mazza, as médias corporações, por exemplo, devem começar a se unir para ampliar o seu porte. “Considero como mais recomendável que as empresas se especializem em segmentos mais lucrativos e específicos, tornando-se grandes em cada setor e não apenas no mercado”, avalia.
O futuro ainda é incerto com relação às mudanças que o Bain Capital deve ou não proporcionar ao mercado, e principalmente para os tomadores do serviço. Além disso, o negócio pode atrair novos investidores em busca de oportunidades lucrativas, como revela Mazza. “Tudo vai depender do que for prometido e do que será entregue. Uma nova postura vai aumentar a credibilidade e eficiência, como também vai provocar a famosa reação em cadeia entre os concorrentes, que buscarão a diferenciação pela qualidade”, explica o executivo.