A decisão do Tribunal Superior do Trabalho de considerar ilegal a terceirização do atendimento da Claro com a TMKT deve acelerar o processo de regulamentação. Segundo Topázio Silveira Neto, presidente da Flex Contact Center, o grande trabalho do setor é no congresso nacional para dar andamento na legislação que regulariza a terceirização. “O setor apoio o projeto do Deputado Sandro Mabel que está em fase de relatoria na Câmara dos Deputados”, revela, com exclusividade para o portal Callcenter.inf.br. Ele explica que a recente decisão do TST é pautada por uma ausência de regulamentação no assunto, apesar da Lei Geral de Telecomunicações autorizar a terceirização em todos os níveis para empresas de telecom.
No entanto, Topázio reforça que, apesar de ser uma decisão isolada, é preciso acompanhar os próximos passos dessa discussão. Tanto que a Flex, em conjunto com a ABT, Associação Brasileira de Telesserviços, vem acompanhando o assunto e participando das discussões no nível do Congresso Nacional. Ele acrescenta ainda que, diferente do que muitas pessoas falaram, não existe a possibilidade do Governo criar uma lei para proibir a terceirização. “São muitas as ações no TST sobre este assunto. Esta por acaso foi uma que foi a julgamento. Outros casos na mesma linha poderão ser julgados, da mesma forma ou de maneira diferente. Depende dos juízes, tendo em vista que o resultado que temos foi por um placar apertado”, comenta.
O presidente da Flex reflete que, cada vez mais especializada, a terceirização de serviços de atendimento é uma tendência irreversível. “Nenhuma empresa atualmente consegue acompanhar o desenvolvimento tecnológico nesta área se isto não for o seu core business. Vivemos a era do relacionamento e administrar profissionalmente esses relacionamentos é tão importante quanto a qualidade dos produtos ou serviços vendidos pelas empresas”, conclui.