O que mudou?

O que mais se fala hoje no mercado é nas constantes transformações do mercado. Porém, em um ponto nada mudou. Assim como sempre foi, o cliente continua buscando uma única coisa nas relações de consumo: se sentir bem atendido. O que modificou é que, agora, ele tem mais informação nas mãos. “Os avanços nas formas de relacionamento, impulsionados pelas novas tecnologias, têm permitido que eles possam fazer melhor as suas escolhas”, justifica Paulo Godoy, presidente da Olos.
Com isso, passa a ser fundamental entender o cliente. Entender que compram produtos/serviços por motivações diferentes. Que possuem condição social, sexo, instrução, idade e moram em regiões diferentes. “E que é possível ofertar melhores produtos/serviços desenhados de forma mais direcionada aos anseios de cada grupo de cliente, sempre procurando a personalização”, completa. Tão importante quanto é entender os pontos fortes da empresa, o seu DNA positivo e encontrar dentro de dela os profissionais que consigam enxergar todos os lados da “moeda” para entender as “dores” do cliente. “Desta forma o resultado virá e sua empresa será colaborativa com os negócios dos seus clientes.”
Porém, antes de tudo, a empresa deve enxergar essas mudanças como uma oportunidade, ao invés de uma ameaça, resistindo e se opondo ao novo. “Principalmente no momento atual da nossa economia, onde as margens são cada vez mais prejudicadas, ofertar produtos/serviços novos pode ser a grande saída para a lucratividade e sustentabilidade do negócio.” Hoje, segundo o executivo, a maior parte das empresas continua a fazer o que sempre fizeram, realizando apenas pequenos investimentos em inovação, não com o intuito de aprender, “mas em usá-las para maquiar-se com aquilo que não são e se apresentarem ao mercado como uma empresa inovadora”.
Godoy pontua que é difícil encontrar empresas que tenham em seu DNA o aspecto de viver o futuro. “As empresas são feitas para dar lucro, e no momento político, econômico e financeiro atual, onde o retorno sobre o investimento é preponderante, investir em novas tecnologias para o futuro é algo considerado como uma perda”, comenta. Na opinião dele, dependendo da idade, do tamanho e da extensão de participação no mercado de uma dada empresa, só há uma forma de inovar: criar uma nova organização independente com o objetivo de criar, muitas vezes, um produto/serviço que se oponha ao seu próprio.

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