Uma pesquisa nacional encomendada pela VR Benefícios, mostra como a pandemia impactou a vida profissional do brasileiro. O levantamento, que ouviu 2.481 pessoas em todo o Brasil, apresenta a realidade do home office para o trabalhador e revela as principais preocupações no retorno ao trabalho no pós-isolamento. Segundo o estudo, 8% dos entrevistados já faziam home office e continuaram ou intensificaram o trabalho remoto durante a pandemia. Porém, 31% só experimentaram essa mudança na rotina de trabalho durante o isolamento. E um dado que chama a atenção: 61% afirmaram não fazer home office.
Quando perguntados sobre a satisfação geral com o emprego hoje, em relação ao que sentiam antes da pandemia, os trabalhadores que fazem home office estão mais satisfeitos com a rotina, mas menos satisfeitos com o volume de trabalho. Por exemplo, em relação à rotina, 33% estão mais satisfeitos; 18% estão menos satisfeitos e 49% estão igualmente satisfeitos. Sobre o volume de trabalho, os dados mudam: 19% estão mais satisfeitos; 22% estão menos satisfeitos e 59% estão igualmente satisfeitos.
Preocupadas com a saúde física e mental dos funcionários e também pensando em manter a rotina do escritório, muitas empresas ofereceram benefícios extras. Quando perguntados sobre disponibilização de benefícios para serem utilizados no home office, 30% responderam apoio psicológico; 25% cadeira apropriada para o trabalho; 13% ginástica laboral; 10% reembolso de internet; e 9% ajuda de custo para pagamentos de conta de luz. Entre os entrevistados que fazem home office, 46% afirmaram receber ao menos um benefício e 54% nenhum.
Trabalhadores revelam como as contas subiram
Outro ponto alto do levantamento foi a declaração dos profissionais em home office sobre o aumento nas contas. Para 79% deles, houve aumento na conta de luz; para 57% na de água; e para 34% na de internet. Por isso, consideram muito importante que a empresa ofereça reembolso para estes gastos: 50% afirmou que considera muito importante obter o reembolso para a conta de luz; 26% para conta de água; e 51% para conta de internet.
No entanto, apenas 3% dos trabalhadores em home office solicitaram algum reembolso referente às contas de luz e internet para suas empresas. Os demais 97% absorveram o aumento das despesas em seu orçamento. Quando a pesquisa indagou sobre a possibilidade de receber R$ 100 a mais como auxílio durante este período de pandemia, 60% dos entrevistados disseram que queriam que este valor estivesse relacionado à comida: 45% responderam que preferiam que fosse em vale-alimentação; 15% em vale-refeição; e 40% para contas de internet e luz. “Este dado chama a atenção para a grande importância relativa da alimentação no contexto atual”, afirma Paulo Grigorovski, diretor executivo de Marketing e Serviços ao Trabalhador da VR Benefícios.
De olho no meio de transporte
A “Pesquisa VR Benefícios-Locomotiva” indica que grande parte dos trabalhadores ainda não se sente segura para retomar atividades ligadas ao cotidiano profissional pós-isolamento: 85% dos entrevistados disseram que não se sentem seguros com a ideia de utilizar transportes públicos, como ônibus e metrô, e 58% apontam o contato com os clientes/fornecedores.
A preocupação faz crescer o desejo de utilizar transporte particular no deslocamento. Quando perguntados sobre o principal meio de transporte que usavam antes da pandemia e qual pretendem usar após o fim do isolamento social, cai de 42% para 36% o número de pessoas que vai usar transporte público e sobe de 35% para 40% a quantidade de usuários que pretende se locomover com veículo particular, como carro ou moto. Os números se mantêm estáveis entre os que usam transporte oferecido pela empresa (sobe de 8% para 9%), vão à pé (permanece em 6%), utilizam bicicleta (sobe de 4% para 5%), táxi/aplicativos (sobe de 2% para 3%) ou vão de carona (continua em 1%).
Novas demandas por segurança
Quando perguntados sobre quais são as maiores demandas para o espaço de trabalho, os profissionais respondem:
– disponibilidade de álcool em gel 70%: 91%
– desinfecção do ambiente de trabalho: 91%
– disponibilidade de máscaras para o funcionário: 87%
– afastamento e suporte para o funcionário que teve contato com alguém que ficou doente: 86%
– identificação e gerenciamento de casos positivos na empresa: 86%
– realização de testes/exames em todo o quadro de funcionários antes da retomada: 85%
– treinamento sobre cuidados pessoais e coletivos: 74%
– treinamento sobre boas práticas no ambiente de trabalho: 74%
– rodízio de funcionários para limitar a quantidade de pessoas na empresa: 68
– restrições de contato/implementação de barreiras físicas: 67%