No Brasil, apenas 8,4% das empresas concedem o período sabático como benefício aos funcionários e 73,3% dispõem da vantagem, aponta levantamento realizado pela Robert Half. Dos 900 executivos de média e alta gerência entrevistados, 18,2 % disseram não saber se a empresa oferece a prática. Os números revelam que a cultura de conceder o período sabático para os colaboradores ainda não ganhou notoriedade no mercado nacional.
“Esta prática não é muito difundida por aqui e, infelizmente, pouca evolução se viu em relação a isso. Existe muita insegurança do próprio profissional de tirar esse período por medo de perder seu cargo, de ser visto como pouco comprometido ou ficar, de alguma forma, defasado em relação aos colegas”, avalia William Monteath, diretor de operações da Robert Half no Rio de Janeiro. “Nos Estados Unidos e na Europa, que são mercados mais maduros, a visão é de longo prazo, enquanto no Brasil, ainda é de curto”, completa. A pesquisa informa, no entanto, que 70,1 % dos entrevistados dizem que concederiam o benefício (no mínimo, seis meses) a membros de sua equipe e 86% gostariam de desfrutá-lo.
Entre os benefícios de se tirar um período sabático, ‘aproveitar a oportunidade para qualificação profissional’ é apontado como a principal vantagem por 73% dos executivos entrevistados, seguido por ‘oportunidade de desenvolver projetos pessoais’ (66,7%) e ‘tempo de autoconhecimento’ (48,6%). Por outro, lado, 57,1% identificam ‘o risco de perder o cargo’ como a principal desvantagem, seguido por ‘ser visto pelos colegas como falta de comprometimento com a equipe’ (52,3%).