Autor: Bhavin Turakhia
A Maria trabalha em uma empresa de TI de médio porte em São Paulo há cinco anos. Ela tem se transportado por duas horas, para ir e voltar ao trabalho. Isto é um tempo precioso de quatro horas todos os dias que poderia ter sido usado de forma mais produtiva, talvez para praticar uma atividade ou passar tempo com a família. Quando Maria pediu flexibilidade, seu pedido foi recusado por seu gerente, que disse: “se oferecemos isso a você, todo mundo pedirá, e você sabe que não podemos fazer isso”.
Poderia ser de se imaginar que, atualmente, trabalhar de casa seja algo mais possível na indústria do conhecimento, particularmente em TI e ITES. Mas não é. Ironicamente, as próprias empresas que gerenciam projetos importantes para seus clientes remotamente em todo o mundo hesitam em deixar seus próprios funcionários trabalharem em casa.
A pergunta que a maioria das empresas faz é “por que trabalhar em casa?”. As respostas – a maioria gira em torno do equilíbrio entre compromissos profissionais e pessoais – são convincentes e amplamente compreensíveis também. De acordo com uma pesquisa do Global Workplace Analytics nos Estados Unidos, 37% dos entrevistados disseram que preferem trabalhar em casa do que ganhar um aumento de salário de 10%! Pode-se imaginar que os números para o Brasil serão semelhantes ou superiores, pelo menos entre os níveis médio e superior (dado o trânsito caótico da cidade).
Além disso, de acordo com a mesma pesquisa, 95% das empresas que oferecem algum tipo de opção de trabalho em casa dizem que esta facilidade levou a uma maior retenção de funcionários. Então, a questão que precisamos fazer é “por que não trabalhar em casa?”
A resposta é a confiança, ou a falta dela
A maioria dos gerentes admite, embora relutantemente, que o que os impede de deixar seus funcionários trabalharem de casa é principalmente a confiança. Segundo a pesquisa do Global Workplace Analytics, “75% dos gerentes dizem que confiam em seus empregados, mas um terço diz que gostaria de poder vê-los trabalhando, apenas para ter certeza”. Gerentes, donos e, por extensão, o próprio negócio gostariam de poder “assistir” seus empregados trabalhando durante o expediente. Por exemplo, o gerenciamento da empresa precisa saber com certeza que as chamadas em conferência não serão reprogramadas porque os participantes são relaxados ou estão indisponíveis. Eles precisam saber que as horas de trabalho são contadas satisfatoriamente. Em suma, os gerentes de equipe querem transparência no que os membros estão fazendo.
Um típico ambiente de trabalho consiste em e-mail (que muitas vezes precisa de client software), mensagens instantâneas, compartilhamento de arquivos (que precisa de VPN ao acessar arquivos fora do escritório), e um software de gerenciamento de projetos. E aqui está o problema. São muitas ferramentas para apenas gerenciar um trabalho. Não parece razoável ou produtivo solicitar aos gerentes que usem diferentes ferramentas apenas para se manterem atualizados sobre o que suas equipes estão fazendo. E é por isso que eles preferem ter seus funcionários no escritório.
Experimente mensageiros que integram em um só lugar todas as necessidades de colaboração e produtividade das equipes. Os mensageiros da equipe têm raízes em mensagens instantâneas, mas cresceram em ferramentas de produtividade totalmente desenvolvidas para a mobilidade. Os gerentes podem conversar com suas equipes e funcionários individualmente, simplesmente criando diferentes grupos ou canais. Os membros da equipe podem compartilhar arquivos dentro de um canal, reduzindo assim a necessidade de monitorar os e-mails.
Digamos que um gerente precisa revisar um documento com sua equipe. Em um ambiente de trabalho físico, o arquivo é projetado em uma tela e discutido. Quando os membros da equipe estão fora do escritório, o arquivo é enviado por e-mail como anexo e as conversas tipicamente cruzadas levam a frustração e atrasos inevitáveis. Além disso, o e-mail não demonstra o tipo de urgência que um mensageiro inspira. Um gerente de equipe pode ficar tentado a chamar sua equipe inteira de volta ao escritório.
Agora imagine um cenário onde o gerente cria um canal para a equipe (demora apenas um minuto) e compartilha arquivos no próprio aplicativo de mensagens. Os participantes compartilham seus votos para quaisquer perguntas de sim/não e compartilham opiniões instantaneamente, respondendo um ao outro em tempo real. Os membros da equipe que podem estar trabalhando fora da casa, ou estão em movimento, podem fazer log in por seus smartphones e ter acesso a todos os recursos que eles teriam no escritório.
Mensageiros de equipe ricos em recursos com APIs abertas podem ser usados para criar aplicativos personalizados, bem como para se integrarem aos aplicativos de gerenciamento de projetos e produtividade existentes. Eles aliviam a necessidade de usar inúmeros aplicativos para comunicação ou produtividade. Quando uma única plataforma/aplicativo atende a colaboração necessária de ponta a ponta, os gerentes podem facilmente ficar a par de tudo, levando a uma maior confiança em suas equipes, mesmo quando seus membros estão trabalhando remotamente.
Os mensageiros da equipe são muito mais do que uma solução para problemas de confiança nos ambientes de trabalho. Eles são habilidosos facilitadores que ajudam a aumentar a produtividade entre equipes geograficamente dispersas.
Bhavin Turakhia é um empreendedor em tecnologia, fundador e CEO de Flock.