A geração Y chegou com tudo no mercado de trabalho, exigindo das empresas novas práticas de RH. O que até então dava resultados, agora já pode ser considerado ultrapassado. Principalmente porque esses jovens são muito mais exigentes, ansiosos, hiperconectados e possuem novos valores. Um desafio e tanto para as empresas de contact center, que tem os jovens como maioria em seus quadros de funcionários. “É um desafio para o gestor, que precisa entender e interpretar as necessidades de cada colaborador, envolvendo e estimulando, para que o mesmo ´se enxergue´ dentro do contexto corporativo. São pessoas movidas a desafios, e que gostam de contribuir, precisam de feedback constante para o aperfeiçoamento de suas habilidades, bem como o crescimento profissional”, comenta Paulo César Correa, superintendente de recursos humanos da CSU CardSystem.
Na visão dele, os maiores desafios estão na atração e retenção, por esse público ter um perfil dinâmico, exigente, e questionador. “São pessoas que têm uma natureza imediatista, muitas vezes não estão dispostas a esperar o tempo necessário para o crescimento profissional”, esclarece o executivo da CSU CardSystem, que tem em torno de cinco mil colaboradores nascidos de 1980 em diante, o que representa 80% do total.
Para vencer esses desafios, Correa pontua que é necessário ter líderes qualificados e engajados, que saibam interpretar as necessidades e administrar a gestão por indivíduo. Por outro lado, a empresa também deve proporcionar programas que incentivem o desenvolvimento e o crescimento profissional. “Na CSU temos programas de capacitação, como o CSU University Educa, que visa oferecer e disponibilizar recursos educacionais de fácil uso e acesso, propiciando condições favoráveis e concretas para que os colaboradores realizem a aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar.”
A empresa também busca, por meio da premiação com treinamentos técnicos e profissionalizantes, estimular o autodesenvolvimento e o processo de aprendizagem contínuo. “Oferecemos também o Programa Crescer Talentos, plano de carreira e reconhecimento interno, que visa a ascensão profissional, capacitando os colaboradores para assumir outras posições na companhia”, acrescenta superintendente de RH.
Essa preocupação se dá pelas vantagens que esse perfil profissional traz para as operações de atendimento, já que são pessoas ousadas, rápidas, de fácil aprendizado, com sede de conhecimento e antenadas com as novidades do mercado. Por isso, Correa ressalta a importância de saber aproveitar os pontos fortes, aliados a uma gestão estratégica, que permita a produtividade e o reconhecimento individual, sem perder o foco nos resultados dos desafios cotidianos.