Autor: Mari Cordeiro
Quem disse que é fácil ter uma carreira de sucesso sem que haja um apoio para os momentos difíceis? Desde os povos mais antigos, ter uma figura que aconselha é comum e muitas histórias revelam seus benefícios. Nos dias atuais, ter um coach se tornou algo popular. Sem dúvida seu papel é de suma importância para uma carreira de sucesso e, sobretudo, para lidar com momentos difíceis. No entanto, como saber escolher um bom coach?
É importante diferenciar o coaching de outros processos. Quando o profissional dá dicas técnicas sobre o trabalho a ser desempenhado, este profissional é um mentor. Quando o foco é exclusivo em questões pessoais e conflitos parentais, o trabalho realizado é de terapia. Se o caso é de dar dicas de comportamentos para situações específicas, se trata de uma mentoria comportamental. No coaching, problemáticas são trazidas, sejam elas: dúvidas sobre a carreira; dificuldade em implementar uma mudança comportamental; relacionamento com pares, subordinados ou liderança conturbada; entre outros menos comuns. As limitações e os obstáculos para que estes sejam resolvidos são mapeados, o plano de ação é traçado e implementado com o apoio deste coach.
Principalmente na última década, a profissão de coach ganhou destaque entre os executivos. Muitas formações em coaching estão à disposição e os valores cobrados por sessão têm enorme variação. Observo profissionais experientes que se aposentam ou encontram dificuldade em recolocação e se tornam coaches. A experiência de vida e profissional contribui para os processos de coaching, mas ser um coach é muito mais que isso.
Ter uma formação internacional – de preferência reconhecida pela Federal Internacional de Coaching – já é um bom começo. Dá peso para a competência de um coach conhecer sobre o funcionamento da mente humana, seus mecanismos de defesa, suas potencialidades, ferramentas que promovem a mudança de comportamentos. Mas, acima de qualquer coisa, a capacidade de esquecer tudo isso e estar aberto para o que aquele coachee possa trazer e tratá-lo como um indivíduo único é o mais precioso. Neste momento todo o conhecimento adquirido fica à disposição e entra em ação nos momentos exatos. Esta habilidade de fazer uso do que é necessário naquele momento é um talento que vai sendo lapidado dia após dia, coachee a coachee.
Se você já está em um processo de coaching ou vai contratar um coach e ainda está inseguro, saiba que existem formas de identificar se está em boas mãos. Primeiro, há empatia? Você se sente seguro com ele? As sessões seguem um foco, giram em torno da problemática inicial? Você sai energizado da sessão? Nas sessões difíceis você sente que as “dores” causadas te ajudarão em seus objetivos? Percebe evolução em direção às suas metas? Você o indicaria para fazer coaching de seus filhos ou pais?
Não faça coaching pelo modismo ou imposição de terceiros. Faça coaching pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional. Faça pelo seu futuro, por você. Se o seu coach tem brilho nos olhos, ele iluminará o melhor que existe em você!
Mari Cordeiro é consultora da M&S.