RH digital

Autor: Felipe Azevedo
O RH está vivendo uma transformação sem limites graças às novas tecnologias e também à chegada das novas gerações ao mercado de trabalho. Como consequência, o relacionamento entre empresas e pessoas não para de evoluir. O que vemos atualmente é um caminho sem volta rumo ao digital. Inteligência artificial, analytics, mobilidade, games, dentre outras soluções inovadoras e focadas em produtividade, já ajudam empresas a superar alguns de seus problemas de gestão de pessoas.
A tendência é mundial e a expectativa é que os investimentos em serviços para análise e utilização de dados nas organizações saltem dos US$ 49 milhões para US$ 104 bilhões nos próximos oito anos, de acordo com pesquisa da consultoria global Frost & Sullivan. Ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, Machine Learning e People Analytics reduzem as decisões subjetivas, que poderiam representar um risco para as empresas. Elas também vão dar mais agilidade, principalmente, no que tange à entrega de análises e insights que podem impactar os rumos do negócio através de melhores decisões sobre pessoas. Certamente, tais mudanças vão fechar alguns postos de trabalho, porém, muitos outros, que exigirão conhecimento e competências diferenciadas, tanto do RH quanto dos demais líderes e colaboradores, serão criados.
Vale destacar que a mobilidade, cada vez mais presente na rotina das pessoas, deverá se aproximar ainda mais do RH. Não faz sentido para as pessoas, que já vivem conectadas no seu dia a dia, levarem uma vida analógica dentro das empresas. Hoje, essa realidade está mudando por meio de aplicativos móveis, que proporcionam  uma experiência mais agradável e dinâmica para os colaboradores em seu momento de trabalho. A tendência é que as companhias foquem, principalmente, no autoatendimento que permite, por exemplo, a marcação de ponto e a solicitação de férias pelo celular ou a realização de um treinamento recomendado especificamente para aquele colaborador. Além disso, a Inteligência Artificial possibilita que pedidos específicos dos colaboradores sejam feitos via WhatsApp, utilizando recurso de chatbot, em que o funcionário fala diretamente com um robô que responde e dá andamento à demanda: tudo integrado com as outras soluções de tecnologia para gestão de RH.
E toda essa revolução digital deve se estender desde o processo de recrutamento até outras atividades das organizações.  No caso dos processos seletivos, por exemplo,  as  companhias já têm à sua disposição aplicativos que contam com games, entrevistas por vídeo e recrutamento via redes sociais, facilitando a busca e o cadastro de vagas e, muitas vezes, possibilitando a participação em seleções, que não precisam mais ser conduzidas presencialmente. Sem dúvida, chegamos à era do RH mais inteligente e, consequentemente, mais produtivo e alinhado à estratégia do negócio.
Felipe Azevedo é vice-presidente da LG lugar de gente.

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RH digital

Com o intuito de acelerar a expansão no mercado de recrutamento digital, a start-up Revelo anuncia um aporte de capital de R$14 milhões (US$4.6 milhões de dólares). O round Series A foi liderado pelo fundo de venture capital americano Valor Capital Group, que investe em empresas de tecnologia nos EUA e América Latina, e também contou com a participação do conglomerado australiano Seek.
A empresa, até então chamada Contratado.ME, atua na area de HRtechs (startups de tecnologia focadas em recrutamento e recursos humanos) no mercado brasileiro. Sua plataforma é um marketplace que utiliza machine learning para selecionar tecnicamente profissionais de tecnologia e negócios, e colocar apenas à disposição das empresas clientes. A solução otimiza o tempo de recrutamento em até 70% e já é utilizada por mais de 1.500 empresas.
“O aporte tem como objetivo acelerar o desenvolvimento do produto e levar a nossa solução para grandes empresas.”, explica Lachlan de Crespigny, co-fundador da Revelo. “Acreditamos que a transformação digital precisa chegar ao RH das grandes empresas, que muitas vezes é deixado de lado, e ainda trabalha com consultorias de recrutamento tradicionais para encontrar os melhores candidatos”, completa.

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