Salário menor

Se não bastassem todos os problemas vividos, as mulheres também têm de enfrentar outra adversidade no dia a dia: a desigualdade salarial. É o que comprova recente pesquisa conduzida pela Catho, que aponta que as mulheres continuam ganhando menos que os homens, mesmo ocupando os mesmos cargos, e desenvolvem a carreira de forma mais lenta, se comparada com o gênero masculino. Já na distribuição das mulheres entre diferentes cargos, houve melhora desde 2011, mas as desigualdades são notórias.
Levantamento da Catho feito com 13.161 profissionais mostrou que as mulheres têm desvantagens em quase todas as áreas, chegando, a alguns casos, a ganhar quase a metade do salário dos homens. É o caso das áreas administrativas, comerciais e financeiras. O salário médio masculino na área financeira contábil, por exemplo, é de R$ 6.099,53, enquanto as mulheres ganham, em média, R$ 3.361,38. As exceções ocorrem nos segmentos de academia e esportes e comunicação social, em cujas áreas as mulheres levam ligeira vantagem.
Em se tratando de evolução na carreira, as mulheres apresentaram melhora entre os anos de 2011 e 2017, mas ainda assim elas se destacam, de fato, em cargos inferiores. Em 2011, 22,91% dos cargos de presidente eram ocupados por mulheres. Em 2017, esse número passou a ser de 25,85%. No entanto, em 2011, 54,99% das vagas de encarregado eram destinadas às mulheres. Em 2017, esse número saltou para R$ 61,57%. E quanto mais o cargo evolui, menor é a presença feminina.
“É visível a inferioridade feminina na ocupação de cargos de destaque, tais como presidente, diretora e gerente. Isso mostra que há uma ruptura na evolução da carreira feminina, dando preferência aos homens. Provavelmente a maternidade e todo o preconceito que a envolve, infelizmente, pode ser um dos motivos dessa estatística”, conclui a gerente de relacionamento com cliente da Catho, Kátia Garcia.

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