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Autor: Ernesto Haberkorn
Qualidade de vida e autocrítica são assuntos em discussão pela sociedade, principalmente, no mundo corporativo. A cobrança da sociedade para que as pessoas sejam bem-sucedidas, ricas e, se possível, donas do próprio negócio, é constante. Claro que, na vida, todos nós queremos ser bem sucedidos, está aí uma questão cultural, pois a maioria das pessoas está sempre em busca da perfeição. Mas com tanta exigência, onde entra a qualidade de vida? É possível fazer da autocrítica uma aliada no cotidiano de cada um?
Se pudéssemos, seríamos donos do nosso destino, autônomos e independentes nas nossas escolhas e decisões, possuiríamos poder e tornaríamos real tudo aquilo que desejamos atingir. Mas, infelizmente, isso nem sempre é possível.
Para isso, a autocrítica pode ser utilizada de forma saudável e positiva. O indivíduo, de tempos em tempos, deve fazer uma auto-avaliação e analisar as próprias atitudes, a reação das pessoas, conforme o relacionamento social, as opiniões e a própria satisfação em relação ao trabalho.
Acredito que, para conquistar qualidade de vida, se o indivíduo estiver em equilíbrio, a autocrítica, na medida certa, pode tornar a pessoa mais produtiva, competente e melhor. Mas sabemos que por conta do cotidiano tão estressante e da constante pressão em busca de bons resultados, problemas de autoestima, insatisfação pessoal e baixa produtividade fazem com que esse sentimento, para muitas pessoas, se torne prejudicial e nocivo à saúde.
Sabemos que cada pessoa tem capacidade de avaliar seu comportamento e, de certa forma, estabelecer limites. Mas, a partir do momento em que o resultado dessas autoavaliações se tornam sempre negativo e se voltam contra nós mesmos, sabotando e flagelando nossos sonhos e vontade de viver, é hora de ficar alerta e estabelecer limites de até onde a autocrítica deve chegar.
A autocrítica, quando excessivamente negativa, pode estar relacionada a problemas emocionais e de autoestima que, em excesso, podem gerar uma situação de conflito interno. Em muitos casos, o profissional se cobra mesmo sem possuir experiência suficiente para desempenhar alguns papeis. Na maioria das vezes, quem é muito crítico está sempre se comparando com pessoas que desempenham cargos mais altos ou que são bem sucedidos. Precisamos entender e administrar que, na vida, tudo tem seu tempo e hora para acontecer e que existem “degraus” a serem escalado, um de cada vez.
Por isso, vale ressaltar os cuidados que devemos ter com nossa qualidade de vida. O indivíduo que vive em um processo contínuo de autocrítica deixa de acreditar em si mesmo e entender do que é capaz, além de passar uma imagem negativa e se tornar menos produtivo.
É preciso saber qual a sua exigência, seu potencial, sua capacidade e características para entender quais resultados pode atingir e até onde você pode chegar. Cada ser humano possui uma maneira de raciocinar e querer, cada mente reflete uma determinada forma de pensar.
Colocar o senso crítico em prática e estabelecer prioridades também auxilia na busca por melhores relações no trabalho e na vida. Quando o profissional busca por oportunidades melhores, um pouco de autocrítica, para entender onde ele está errando em determinada situação, ajuda a torná-lo mais qualificado e preparado para alcançar determinados objetivos e metas. Vale ressaltar que é necessário estar atento às metas. Não adianta deixar o foco muito aberto e ver tudo que as outras pessoas fazem bem para obterem sucesso, senão o individuo vai acreditar que não consegue fazer nada.
Se o trabalho de um profissional pede algo em que ele não seja tão bom, é preciso buscar uma maneira de se aperfeiçoar, mas sem se torturar por isso. Às vezes, se a autocrítica é muito dura e pesada, o indivíduo diminui sua capacidade de se desenvolver e crescer na vida profissional e pessoal, pois perde a autoconfiança.
Saber colocar na balança e dosar esse sentimento pode fazer do ser humano, uma pessoa mais completa, melhor e feliz. É possível ter uma carreira bem sucedida atrelada a qualidade de vida e desfrutar de uma carreira promissora e se tornar um ser humano pró-ativo e saudável. Estas são atitudes fáceis de entender, mas difíceis de serem colocadas em prática. O mais importante é que a pessoa dê foco aos seus objetivos e não exceda em nenhum dos campos, caso contrário, a balança vai pender sempre para um lado apenas.
Ernesto Haberkorn é criador do Circuito Netas (acrônimo de Natureza, Esporte, Trabalho, Amor e saúde), treinamento diferenciado, criado com o intuito de apresentar uma rotina mais saudável e com qualidade de vida aos executivos; e diretor da TI Educacional.

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