Separando o profissional do pessoal



Autora: Regina Silva


Leia novamente a frase acima e perceba o que você sente. Qual é a sua primeira sensação? Qual é a emoção que esta frase desperta em você? De surpresa ou espanto por se dar conta de que algumas pessoas ainda possuem este comportamento de separar profissional e pessoal? Ou de angústia por saber que você é uma dessas pessoas que ainda não fazem isso?


Se você percebeu-se surpreso ou espantado, significa que você é uma dessas pessoas que buscam equilíbrio e possuem vida além do trabalho. Possivelmente, quando o seu telefone toca para algum evento pessoal, normalmente ou quase sempre, você acaba aceitando. E mais, isso mostra que o seu grau de estresse é baixo e você realmente usa o seu tempo com você e sua família.


Porém, se o seu caso for a segunda opção, significa que hoje você está estressado, possivelmente sentindo-se pressionado pelo (a) parceiro (a), família, filhos (as) ou amigos (as). E lógico, pelo próprio trabalho que aparentemente não consegue ser solucionado dentro das horas que você deveria se dedicar a ele.

 

Racionalmente, você deve ter uma solução prática e objetiva que infelizmente só funciona dentro da teoria que você criou, mas que na vida prática não.


Vamos entender um pouco o que pode estar estimulando esta situação. Podemos abordar uma fase da sua vida, onde você tem que se dedicar um pouco mais a vida profissional. Pode ser que você tenha uma leve dificuldade em delegar e, com isso, acaba acumulando tarefas e cargos, ou, quem sabe, que você esteja usando o seu trabalho para não lidar com alguma situação emocional com a qual possui dificuldades.

 

Independente do que esteja ocorrendo, você precisa olhar para esta situação e analisar o que isto gera em sua vida: stress, solidão, angústia, depressão ou até mesmo uma pré-estafa.

Vamos fazer um acordo para além de analisar esta situação, tomar algumas atitudes práticas para começar a mudá-la? Abaixo, algumas dicas para iniciarmos:


 

1ª: Conscientize-se de que talvez este cenário não seja temporário, e sim permanente há um bom tempo.

 

2ª: Perceba o que você obtém como ganho/perda mantendo este comportamento. Ou seja, o que está evitando? Está dando certo?


3ª: Crie pequenas quebras durante o dia para respirar ou parar, mesmo que seja por cinco minutos. Vamos olhar para isso como uma forma de aumentar sua energia.


 

4ª: Priorize as atividades que está realizando e comece a delegar.

 

5ª: Elabore uma lista das coisas que aumentavam a sua energia e que você pode voltar a implantar no seu dia a dia.

 

6ª: Ao sair do escritório, no percurso para casa, faça uma lista mental do que ficou faltando fazer e arquivar, para dar continuidade no dia seguinte.

 

7ª: Ao chegar em casa, imagine que ao passar pela porta da sua casa, existe um grande cabide no qual tudo aquilo que você colocou em sua lista mental fica pendurado até você sair novamente para a rua. Quando chegar pendure e, quando for embora, pegue do cabide e leve com você para o escritório.

 

8ª: Se decidir levar trabalho para casa defina quanto tempo é preciso para finalizá-lo. Tente realmente cumprir com a meta determinada.


 

9ª: Caso seja possível, tenha um telefone particular para falar com as pessoas que fazem parte da sua vida pessoal.

 

10ª: Tente permanecer com o celular desligado após um determinado horário.

 

11ª: Analise como estão as áreas da sua vida e comece a criar um plano de ação com o objetivo de melhorar a qualidade de cada uma.

 

12ª: Enquanto toma o café ou o banho de manhã, prepare mentalmente a sua agenda do dia ou revê-la.
Boa sorte e até nosso próximo artigo.

Regina Silva é especialista em coaching e diretora do Gyraser.

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