Serasa prevê queda na inadimpência

A inadimplência dos consumidores brasileiros está em queda acentuada. Escorado na recuperação da economia, o índice de agosto caiu 4,3% na comparação com julho. O Serasa prevê queda de 5% no indicador até o final do ano. A conjuntura favorável do país contribui para isso, mas não pode ser encarada como fator único. Igualmente importante é a melhoria dos processos para a recuperação de crédito.
Sistemas especializados na automação desses processos têm surgido em larga escala, aposentando o antigo setor de cobrança. Hoje, a tecnologia auxilia negociações e acordos com os clientes, sempre interessados em se manter como agentes ativos no mercado. “Não adianta apenas esperar a redução do desemprego ou o crescimento da economia. Embora fatores conjunturais interfiram diretamente nos índices, ações concretas para a recuperação de crédito são componentes decisivos para aproveitar a onda favorável”, avalia o consultor Luís Eduardo Benicchio.
A SysOpen, software house com dez anos no mercado, é pioneira na informatização dos processos de cobrança. O SysRec, software que pode ser implantado na própria empresa ou em terceirizadas dedicadas a essa atividade (como as de cobrança e call-center). “Sem atuação efetiva, o índice de recuperação raramente ultrapassa os 65%. Esse número sobe para até 90% com ações bem coordenadas”, garante Benicchio, com 20 anos de experiência nesse mercado.
Adotado por mais de 40 clientes em todo o país – entre bancos, financeiras e empresas de cobrança -, o SysRec controla e automatiza todos os processos referentes à recuperação dos ativos, desde o contato com os devedores até a renegociação das dívidas. O sistema consolida os débitos e permite todo tipo de negociação, já que faz os cálculos e pode amortizar quantias variáveis de cada dívida, controlando a “vida” dos acordos. O software ainda possibilita os processos de negativação e reabilitação no Serasa e SCPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Nos contatos com o devedor, são incorporados os conceitos de CRM (Customer Relationship Management), que monitora as ações, restringindo ações repetitivas e orientando as novas, registrando todo o histórico do relacionamento. “Funcionários bem treinados, uma abordagem correta e um sistema que permita agilidade e flexibilização nas negociações são as ferramentas básicas para reduzir a inadimplência”, diz Benicchio.

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