Com a presença da cúpula da Softway, autoridades, professores e alunos, foi oficialmente apresentado na segunda-feira (24/05), o Centro Universitário Softway, nas dependências da empresa em Jundiaí. A organização, que é uma das líderes na área de call center, firmou parceria com a universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, proporcionando aos seus funcionários o curso de nível superior seqüencial com foco em Atendimento ao Consumidor e CRM. Na realidade, são 75% do custo subsidiado pela empresa e os 25% pelos alunos-funcionários.
“O Centro de Ensino Universitário Softway é um sonho nosso que se realiza. Este projeto dá dinheiro! Dá dinheiro porque o que faz uma empresa ter uma equipe especial e que dê resultado é quando estes funcionários têm orgulho e respeito por ela”, explica Alessandro Goulart, presidente da organização, que intenciona no final do ano ampliar o número de vagas para até 600 pessoas. Atualmente, são em média 300 alunos matriculados no curso da Universidade Softway, em Jundiaí – num total de quase 450, incluindo as escolas nas sedes de São Paulo e Florianópolis (SC) -, que devem receber o certificado de conclusão em dois anos.
O currículo dos cursos em geral compreende em três categorias: Marketing em Vendas, Gestão do Relacionamento de Call Center e Tecnologia da Informação. Por estar dentro das instalações da empresa, o custo de locomoção para o aluno-funcionário é zero, e o tempo do deslocamento para uma das cinco salas de estudo disponíveis (inclui espaço de aula, biblioteca e recreação) é quase que simultâneo. Os operadores de telemarketing deixam seus postos de trabalho e já ingressam nas salas de aulas. “O processo pedagógico é o mesmo que se tem na universidade Anhembi Morumbi, os professores seguem o mesmo programa”, garante o vice-reitor, Maurício Garcia.
Um futuro melhor
Para Softway, a iniciativa é um importante papel de motivação, capacitação e criação da oportunidade de um futuro melhor ao quadro de seus colaboradores. Os resultados do projeto piloto, que iniciou em 2001 na primeira turma, em São Paulo, já estão sendo colhidos. “A nossa expectativa, a partir desta experiência que a gente está tendo com a formatura dos ´veteranos´, são as lideranças. Com isso, cada vez mais, o nível de trabalho que a gente oferece aos nossos clientes torna-se melhor”, disse Topázio Silveira Neto, vice-presidente da Solftway e presidente da Associação Brasileira de Telemarketing (ABT).
O operador de telemarketing, Lucimar Prudente, de 30 anos, que está há 8 meses na organização, é um exemplo de Responsabilidade Social adotado pela organização. “Eu venho do serviço público, em que as pessoas não recebem benefícios algum como motivação no trabalho. O curso superior tem um grande diferencial: a empresa oferece uma visão para o futuro sem cobrar a nossa permanência”, reconhece Lucimar, que é natural de Minas Gerais, casado, pai de um filho de 7 anos e mora em Jundiaí há 1 ano.
A princípio, o curso era voltado para os líderes da empresa para que eles pudessem ter o nível universitario completo. Depois havia um sonho da direção da empresa em estender este projeto à todos colaboradores: operadores telemarketing e atendentes. “Obviamente, o curso é voltado para aquelas pessoas que não têm muito recursos financeiros e não têm como custiar um ensino universitário”, diz Rosana Rocha, diretora do Instituto de Habilitare, uma das idealizadora do programa.