Na maioria dos casos, o diploma do ensino médio e a aptidão no contato com o consumidor já são suficientes para garantir o emprego de muitos funcionários no mercado de callcenter. No entanto, com o aperfeiçoamento das operações do setor, que emprega mais de 675 mil pessoas no País, cresceu a demanda por profissionais especializados e mais capacitados, que chegam a ganhar o dobro do salário inicial de operador de telemarketing, que é de R$ 564 na empresa paulistana de callcenter SPCom.
O operador Wellington Muniz de Souza, 24 anos, é o exemplo dessa pequena revolução. É fluente em inglês, português e espanhol. Da sede da SPCom na Água Branca, ele realiza o atendimento para a Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social, que o Instituto Ethos promoverá entre 12 e 15 de junho, em São Paulo. Junto com ele, trabalham mais quatro operadores fluentes em inglês. Wellington de Souza atende por telefone pessoas ligadas ao terceiro setor de diversos países.
“Estou bem preparado para a função. Além de fazer inglês há oito anos e espanhol há dois, tenho vivência com estrangeiros. Já morei em Foz do Iguaçu, onde tive contato com o espanhol, e acompanhei no País diversos estudantes americanos em visita ao Brasil”, diz Souza. Há seis meses na SPCom, ele pretende se aprofundar ainda mais no inglês. Está em seus planos fazer um curso de inglês para negócios. “Nesse ramo, ajuda muito”, completa.