“Há um contingente de pessoas com deficiência que precisa se qualificar para atuar com as ferramentas utilizadas em contact centers e eu entendo que há um esforço a ser feito tanto por parte das empresa, quanto dos próprios deficientes e das entidades que os apóiam.” Essa é a avaliação do especialista em gestão de pessoas e diretor executivo do Instiad, Instituto de Administração, Luiz Claudio Binato, sobre as demandas do mercado de contact center por PCDs, pessoas com deficiência. Para ele, o mercado recebe bem as pessoas que são qualificadas e que entregam resultados com uma postura adequada, independentemente de deficiências.
Encontrar mão de obra qualificada, na opinião de Binato, é um desafio. “Como esses profissionais precisam de qualificação, eu entendo que as empresas devem atraí-los e não ir atrás deles”, pontua, acrescentando que as companhias precisam promover eventos em parceria com entidades que representam os interesses dos PCDs para uma aproximação. “Mas os próprios deficientes devem buscar suas oportunidades e virar o jogo”, reitera.
A legislação, que estabelece cotas de funcionários com deficiências, tem ajudando no amadurecimento do mercado, na análise do especialista que dirigiu centrais de atendimento de 1999 a 2005. “Os deficientes devem assumir a responsabilidade por esse movimento aproveitando as oportunidades e eliminando eventuais pensamentos negativos ou vitimados que por ventura possam tomar suas mentes. Deficiente físico não é sinônimo de incompetência, nem de pena”, aponta. Além disso, “o fato de ser deficiente não deve ser um critério para remuneração, mas sim o conjunto de talentos e resultados que ele entrega”, completa.