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Uma empresa de muitos donos

Ter equipes auto-geridas, mais autônomas, reduzindo custos de gestão e controle. Esses são alguns dos ganhos que o empowerment pode trazer às empresas. Presente principalmente em empresas maiores, ligadas à setores de alta diferenciação, competição e complexidade, o conceito vem chamando a atenção ir na contramão do que sempre foi feito, ou seja, compartilhar com os colaboradores poder de decisão, deixando-os mais autônomos. “As empresas estão cada vez mais interessadas em ter profissionais que chamam pra si a responsabilidade, que são protagonistas e agem como donos do negócio. Para isso é necessário dar poder para que possam atuar”, comenta Maria Candida Baumer de Azevedo, sócia diretora da People & Results.
Ela explica que a decisão compartilhada e a co-criação resultam em uma maior coesão e desempenho. Porém, ressalta que isso só acontece quando as metas são factíveis, mas ao mesmo tempo desafiadoras. “Caso contrário há um risco de ´aglutinação´ pelo negativo”, destaca.
O primeiro passo para a implementação do empowerment, segunda Maria Candida, é definir com precisão a estratégia do negócio, de preferência optando por uma construção compartilhada com o maior número possível de pessoas, mesmo que nos níveis mais baixos a contribuição seja menor e mais operacional. “Assim que a estratégia é definida é fundamental avaliar o potencial dos executivos em executá-la. Generalizando, se a estratégia é de inovação e o perfil predominante do time é puramente ´fazer mais do mesmo´, as chances de entrega caem muito”, explica.
Definida a estratégia e tendo as pessoas certas, devem ser acordados os indicadores e sua periodicidade de medição e acompanhamento, como forma de acompanhar a real execução do que foi planejado. “Ao dizer para onde ´vamos´, o que é medido para acompanhar o ´percurso´ e qual a forma de consequência e recompensa (não só financeira) ficam claras as regras do jogo”, esclarece a sócio diretora, reforçando a necessidade do acompanhamento periódico dos indicadores, uso de plano de ação para ajuste das não conformidades, realização das medidas de consequência e recompensa acordadas. “Sem isso, as pessoas que estão ´correndo atrás´ desistem, perdem o ânimo, ao perceber uma incoerência entre discurso e prática.”

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