A administração de talentos

Um dos grandes desafios do empresário empreendedor é definir, a cada momento, o que seja administrar a empresa para que seja esta produtiva. “Administrar significa obter lucratividades”. E mais, resultados contínuos, através do gerenciamento de pessoas. É importante ter-se o melhor produto ou serviço do mercado, boas instalações, agregar a tecnologia da globalização para o sucesso do negócio, contudo, a grande e única constatação é que não existe empresa, organização sem pessoas. Elas, portanto, representam o sangue que mantém viva a empresa.

As necessidades do mercado exigiram tanto das empresas, a partir de mercados globalizados, que as práticas da administração dos seus recursos humanos evoluíram e muito, que passaram a ter uma conotação ou condição “sine qua non” não existirá sucesso na gestão de qualquer negócio.

Equivocada será a empresa que queira sobreviver, no mercado atual, sem a participação efetiva dos seus colaboradores, afirma o Profº. Wolfgang Mathias Pfeiffer da Volkswagen do Brasil. O desafio da empresa de sucesso é conseguir atrair, desenvolver, treinar os seus talentos humanos. A dimensão da gestão humana passa por muitas e relevantes variantes, como a admissão, motivação, remuneração, treinamento, valorização dos sentimentos humanos, gestão do conhecimento, saúde, responsabilidade social, desligamento, avaliação de resultados, enfim, por toda uma complexidade própria do ser humano.

O equilíbrio da empresa passa por três vertentes: a primeira encontra-se nas pessoas, como patrimônio maior, seguindo-se por seus recursos financeiros e materiais, como instalações, tecnologia, máquinas e equipamentos, devendo, portanto, existir um firme equilíbrio entre todas as partes epigrafadas. A partir da globalização do mercado, os produtos e serviços se tornaram cada vez mais aproximados uns dos outros, até mesmo no seus preços, qualidades e tecnologias aplicadas. Só restou um caminho para a competência da empresa – o diferencial a ser oferecido ao consumidor, através dos seus recursos humanos. O encantamento ao cliente passou a ser o alvo da empresa competitiva.

A partir desta nova realidade mercadológica, surgiu uma nova cultura empresarial – a gestão dos seus recursos humanos voltada para administrar os talentos humanos, levando-os para uma contínua motivação e cumplicidade pela empresa. O grande alvo é saber gestionar a inteligência emocional, operacional e capacitação de desempenho em tarefas e trabalho de cada colaborador. Toda esta estratégia é conceituada pelo Consultor Robert Wong, expert no recrutamento de executivos, como inteligência para o trabalho. Quais, então, os requisitos desta estratégia?Numa avaliação prática, simplificada, as pessoas que ocupam funções na empresa haverão de ser selecionadas e treinadas para ocupação do cargo ou função que lhe é atribuída. A vocação e habilidades devem identificar o tipo de trabalho a ser realizado pelo colaborador, passando por avaliações e treinamentos constantes, ao lado de uma avaliação de desempenho. O grande equívoco é colocar pessoas incertas, em lugares certos.

Afinal, qual o tipo de profissional mais valorizado pela empresa moderna? Será aquele que veste a camisa da empresa, do cliente, que sabe ser solícito aos superiores, que desempenha, obedientemente, o que manda seus superiores, não falta ao trabalho, ou aquele que faz da empresa um instrumento para atingir objetivos pessoais? Para o Profº. Robert Wong deve haver um equilíbrio em tudo. O perfil do colaborador há de ser o competente, comprometido com o sucesso pessoal, profissional, da empresa, ser participativo, apontando erros e soluções para melhoria de resultados, empregar todo o seu talento para encantamento dos clientes, ter a plena consciência de que o seu valor é diretamente proporcional ao que pode agregar para crescimento da empresa, enfim, ser um líder no que faz. A gestão de recursos humanos deve ser a consciência de que as pessoas têm um alvo na vida – dar o melhor para sua família, seus filhos, tendo o seu trabalho como meio natural para atingimento de tal objetivo.

João Gonçalves Filho (Bosco) – Administrador de Consórcio ([email protected])

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