Na economia criativa a arquitetura também tem que se reinventar, explorando áreas, por exemplo, que antes eram restritas aos profissionais de marketing, promoções. Ao se referir a construção de espaços comerciais, o arquiteto Ricardo Campos, afirma que agora o cliente pode ser levado ao ponto de venda e experimentar uma série de atrativos que são usados para mantê-lo mais tempo no local , algo que pode estimular a curiosidade acerca dos vários itens de venda expostos. “A arquitetura brasileira teve que se adaptar, o que fez de forma exemplar, além de criar novas propostas com uma marca mais ‘regional’ tanto para as lojas de shoppings como para aqueles que não estão inseridos num complexo comercial”, afirma.
A criatividade na construção de espaços corporativos se enquadra na economia criativa à medida que comunica, por meio de materiais, formas e cores a imagem da marca. “O caso das lojas conceito é um bom exemplo da colaboração da arquitetura para a economia criativa, pois traduz com materiais de construção e decoração de interiores tudo o que uma marca quer transmitir. Nós temos um exemplo emblemático que é uma loja de rua da Animale localizada em Icaraí. A loja concentra a essência da marca no espaço e traduz o que se quer falar com o cliente”, diz Ricardo.
Em relação às estratégias de relacionamento com o cliente, as quais o arquiteto acredita serem fundamentais as empresas de arquitetura que aliam a criatividade às atividades comerciais, Campos acredita na aproximação com o consumidor. “Parte do sucesso deste negócio está nas mãos do arquiteto que conhece o perfil do cliente da marca, sabe o que ele quer e procura. O atende de forma a superar as expectativas. Este é o ‘pulo do gato’do que torna o trabalho gratificante”, pontua.