O exponencial crescimento da chamada economia da influência, abarcando novas estratégias que se desdobram em social commerce, marketing digital, entre outras, fez nascer um novo tipo de player, que é o influenciador. Entretanto, da mesma forma como sempre existiu a diferenciação entre a grande mídia, caracterizada pelo alcance de públicos e dispersão de assuntos, e os veículos segmentados, com menor amplitude mas profundidade de nicho, essa nova atividade também é dividida agora entre macro e microinfluenciadores. Ou seja, as marcas descobriram a força dessa alternativa, desde que encontre o melhor casamento entre a pessoa que vai endossar a marca e o público-alvo. Para falar das estratégias, metas e resultados dessa nova realidade, a 363ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br reuniu, hoje (08), Alexandra Avelar, country-manager da Emplifi Brasil, Rafa Lotto, head de planejamento e sócia do Youpix, e Thamirys Marques, gerente de operações da Digital Favela.
Iniciando o bate-papo, a country-manager da Emplifi lembrou que a empresa é a fusão da Socialbakers com a Astute Solutions, impulsionando ainda mais a plataforma na direção de conectar o marketing de mídias sociais às estratégias de CX. Uma das funções da organização, explicou ela, é fazer a avaliação dos influenciadores macro e micro, decodificando a relevância de cada um dentro dos objetivos dos contratantes. Para Alexandra, a função da plataforma não é indicar que tipo de pessoa se utilizar em uma campanha, uma celebridade ou alguém de determinado nicho, mas sim simplificar a análise dos dados para a tomada de decisões.
Em seguida, a head e sócia da Youpix esclareceu que esse mercado vai muito além de unir influenciadores às marcas, pois há todo um ecossistema envolvido nessa estratégia mercadológica, que envolve plataformas especializadas, ferramentas de monetização, criadores de conteúdo e outros agentes e soluções. Dentro dele, a Youpix se tornou um hub de negócios para essa indústria, oferecendo consultoria, compartilhando conhecimento e dando orientação às marcas, programas de aceleração para os influenciadores, cursos para interessados no mercado, pesquisas específicas, etc. Para clarear o conceito diferenciado entre macro e micro influenciadores, ela comparou com o investimento em anúncios nas revistas. Existem as generalistas, que têm muito maior alcance, mas pouca profundidade em determinado nicho. Por outro lado, existem as publicações segmentadas, de menor abrangência, mas que permitem se falar com o público específico. “Nesse sentido, um microinfluenciador terá mais penetração no seu nicho agora e, posteriormente, se tornar um macroinfluenciador. É tudo mais uma questão de proporção do que medida quantitativa simplesmente.”
Enquanto a gerente de operações da Digital Favela falou do foco da sua organização que é o de trabalhar com criadores de conteúdo que residem em comunidades das periferias e em aldeias indígenas, em um posicionamento que chamou de “nicho do nicho”. Entretanto, chamou atenção para o fato de que esses creators, além de possibilitarem o acesso à população dessas localidades, possuem a imagem de credibilidade necessária na comunicação, que é o que as marcas buscam. Em termos quantitativos, ela destacou que a soma do total das pessoas que residem nesses locais chega a mais de 13 milhões de habitantes, com surpreendente poder de compra e que se tornam alvos de bancos, indústria de bens de consumo, etc. “O melhor meio de alcançar esse público de forma direta, então, é por meio de pessoas com vivência e experiências na mesma realidade. O papel da Digital Favela é ajudar as marcas na conquista desse engajamento com influenciadores que falam a mesma linguagem e com credibilidade.”
Indagadas sobre em que momento as marcas em geral sentem que o caminho dos influenciadores será a melhor estratégia de penetração, Rafa se manifestou considerando que parte está em verificar o êxito em iniciativas de concorrentes ou de outros segmentos. Ela entende que a profissionalização da conquista de engajamento com influenciadores vai também do teste, o caminho do erro e acerto, porque nem sempre uma celebridade conseguirá atingir públicos específicos. Em resumo, os resultados é que vão ditando os rumos da estratégia. Enquanto, Alexandra, concordando, enfatizou o êxito conferido a macro e microinfluenciadores pelo nível de conversão de vendas que provocam. “Tudo tem muito a ver com a maturidade alcançada com o trabalho e qual a estratégia que está por trás da iniciativa. Afinal, é saber o que a marca pretende com isso.” Já Thamirys, destacou a descoberta das marcas quanto à alternativa de oferecer produtos e serviços a público mais difíceis de alcançar. “Trata-se de saber se utilizar dos microinfluenciadores locais para inserir ali itens que se mostrem genuinamente aceitáveis na realidade já existente.”
O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 361 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também para se inscrever. A série de entrevistas retorna, na quarta-feira (13), com Renato Carrer Elias, gerente de marketing da Umbro Brasil, para falar sobre as transformações pelas quais a marca passa em busca do consumidor. A semana ainda terá Sharon Czitrom, diretora de marketing da Sunny Brinquedos, e um Sextou com visão global de cx reunindo João Pedro Sant’Anna, CEO da SellersFlow, Ladislau Batalha, CEO do LAB Expert, e Melissa Riley, especialista em CX e customer insights.