João Kohn, diretor geral da Butterfly Brasil

A disruptura com benefícios corporativos gerando impactos sociais

Diretor geral da Betterfly Brasil explica como a plataforma promove ações em prol da sociedade dentro da gestão do capital humano

É possível às áreas de RH das empresas promoverem o uso de benefícios flexíveis enquanto geram ações de cunho social? Foi respondendo afirmativamente a esse múltiplo desafio que nasceu a Betterfly, plataforma no modelo B2B2C que integra gestão de benefícios aos colaboradores e movimentos de impacto social. Criado há cinco anos, a empresa já se tornou um unicórnio e se expandiu para Brasil, Colômbia, Argentina, México, Peru e Espanha, com três mil clientes na carteira, cerca de 200 deles no País. Ao se utilizar de cada benefício, o colaborador do contratante faz uso do superapp da HRtech, onde é gerada a moeda virtual “better coin”, por meio da qual são feitas doações de comida, ajuda a ONGs e iniciativas no âmbito ambiental. Explicando de que forma esse disruptivo “efeito Betterfly” ocorre no dia a dia dos colaboradores e da gestão de RH, João Kohn, diretor geral da startup no Brasil, participou, hoje (04), da 677ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Convidado a resumir os objetivos e propósito da Betterfly, João afirmou que se trata simplesmente de um unicórnio social, onde cada unidade de retorno financeiro proporcionada aos acionistas é devolvida à sociedade. Para ele, esse é o ponto básico da startup desde o marco zero de sua fundação, passando a explicar como, dessa forma, consegue uma jornada em que todos saem ganhando. “Somos uma carteira de benefícios flexíveis, tendo como cliente o RH das empresas. Ao compilar as dores dessa área, oferecemos mais de 10 vales, entre eles os de alimentação, refeição, saúde física, mental e financeira, etc., em um modelo de alta flexibilidade.” Esse conceito se materializa na possibilidade do RH contratar um plano completo ou deixar que os colaboradores escolham, dentro do leque oferecido, como querem consumir esses benefícios.

As ações de impacto social da Betterfly surgem a partir do uso desses produtos. Segundo o executivo, a cada prato de refeição usufruído por um funcionário, a startup doa um prato de comida à sociedade. Outro exemplo que citou foi o de doação de mudas de árvores a cada medida de exercício físico dentro do benefício de saúde utilizado.

“Dentro de toda essa jornada, consideramos que cada colaborador de nossos clientes passa a ser um herói, ou seja, um protagonista de sucesso das mudanças. Ele está ajudando a transformar a sociedade em cada momento em que se alimenta, cuida da saúde, e adquire hábitos saudáveis por meio do uso desses benefícios.”

De acordo com o diretor, uma das reações costumeiras dos contratantes é entender de que forma a HRtech consegue essa “mágica”, já que há melhoria de vida e de consciência do funcionário, vantagem competitiva para a organização e impacto social. “As dúvidas sobre a efetividade disso tudo são naturais.” Entretanto, ele assegura que, durante a aplicação no dia a dia, vai-se percebendo de que forma tudo se comprova de forma muito simples. Indagado sobre os aspectos regulatórios que podem apoiar ou eventualmente dificultar esse movimento disruptivo na área, João afirmou acreditar que, com tantas novidades surgindo cada vez mais rapidamente, sempre haverá certo descompasso entre a realidade e as regulações que evitem desvio. No seu entender, com as atividades comprovadamente eficazes e éticas da organização, estará também colaborando para que o arcabouço regulatório acompanhe as mudanças com mais sincronia.

Nessa linha, depois de uma breve análise sobre os avanços do terceiro setor no País, turbinado pelo ESG como diferencial competitivo, o executivo afirmou que a proposta da startup, de incorporar qualidade de vida com alcance social, junto aos colaboradores dos contratantes, está contribuindo para dar mais conteúdo aos debates e iniciativas já existentes nessa direção. “É uma forma de disseminar na base da companhia essa preocupação. Pois, em todo o momento em que o beneficiado está usando o nosso aplicativo em seu consumo, aciona ao mesmo tempo o lado socioambiental e de saúde de seus movimentos. Ou seja, é o impacto social ocorrendo na prática e a consciência das pessoas aumentando paralela e continuamente.” Na sua concepção, embora o brasileiro, de maneira geral, seja inclinado à solidariedade e caridade, ainda precisa incorporar essa consciência de filantropia no seu cotidiano. “De repente, surge uma ferramenta que desbloqueia essa consciência e as ações de impacto social entram na rotina dos indivíduos com a ajuda da tecnologia.”

Ao dar um panorama histórico do surgimento da Betterfly, o diretor falou sobre a trajetória do fundador, Eduardo dela Maggioria, ex-executivo chileno de um grande banco nova-iorquino que se tornou professor voluntário em regiões carentes do continente africano. Ao se deparar com realidades similares ao que ocorre em outros pontos do planeta, surgiu a ideia do que chamou de “efeito Betterfly”, transformação de calorias gastas nos exercícios físicos em doação de comida. Dessa forma, nasceu o app gamificado capaz de remunerar os hábitos saudáveis dos usuários com uma moeda chamada “better coin” conversível em ações sociais. Um “dinheiro” que é voltado, segundo explicou João, para o bem-estar e saúde financeira, tendo um seguro de vida dinâmico atrelado. “Conseguimos lucrar levando as pessoas a protegerem sua saúde e bem-estar, enquanto cuidam de suas famílias e da sociedade.” Houve tempo, ainda, para responder a questões do público sobre o funcionamento do cartão de benefícios, as características do seguro de vida, a mudança de paradigma em relação à vinculação da geração de valor com o propósito, as vantagens para o RH na gestão de colaboradores de várias gerações, entre outros temas.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 676 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (05), com trazendo Veridiana Furtado, VP de portfólio e gestão Latam da AccorInvest, que abordará o apoio da cultura cliente para mapear tendências; e, encerrando a semana, na quinta será debatido o tema “O impacto do branding na experiência do cliente”, reunindo Bruno Cardinali, head de marketing global da Oakberry, Omar Jarouche, CMO da Cobli e Fernando Andreazi, cofundador e diretor criativo do Rebu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima