Assunto da moda, o tema economia criativa está ganhando cada vez mais espaço entre os especialistas e empreendedores brasileiros. Isto porque as relações de consumo estão mudando: as empresas estão se conscientizando de que não adianta “empurrar” produtos aos clientes, pois estes estão mais conscientes, exigentes e muito mais participativos. Para explicar os avanços e quais sãos as perspectiva do novo sistema econômico, a ClienteSA bateu um papo com o diretor de inovação da Dznhando Ideias, Diogo Dutra.
Ele explicou que as diferenças fundamentais entre a economia clássica e a criativa ajudam na compreensão sobre as mudanças que estão ocorrendo no sistema econômico como um todo, destacando o relacionamento com o consumidor. “A forte concorrência e a globalização dos mercados fez com que todo o sistema econômico se voltasse para entender o cliente trazendo diversos tipos de serviço com o intuito de fidelizar e mantê-lo sempre satisfeito, quando não exceder suas expectativas. Na economia criativa não é diferente, existe essa mesma necessidade de relacionamento próximo e atencioso com o cliente, porém essa detém de um agravante, ela é mais dinâmica, pois geralmente está associada a tendências e comportamento das pessoas ou de grupo de pessoas”, pontua Dutra.
Em relação às mudanças e avanços que a economia criativa está trazendo nas estratégias de gestão do cliente, o executivo enfatiza a mudança de perfil do consumidor, o qual está mais participativo, “A economia criativa exige uma inovação serial e colada ao cliente. Uma comunicação de mão dupla, ouvindo e perguntando. Isso é o que as pessoas hoje chamam de co-criação. O relacionamento do cliente evolui, perde fronteiras e a criação de produtos e serviços é feita de forma colaborativa. Isso é uma grande mudança, pois deixa de existir ´aprovações´ por parte do cliente no processo, o que passa a existir são ´evoluções´ em todas as etapas de contato com o cliente”, conclui.
Mas qual é o futuro dos velhos modelos? Dutra garante que o relacionamento com o cliente é a resposta fundamental. “A economia clássica está em xeque e é preciso se aproximar do cliente. É preciso mostrar para as grandes, médias e pequenas empresas que a economia criativa é estratégica e que traz resultados de negócio”, finaliza.