Thiago Brandão, CEO da Cuponeria

A estratégia inteligente para manter o cliente na jornada

CEO da Cuponeria descreve o uso de tecnologia e conteúdo para criação de clubes de benefícios personalizados para empresas de todos os segmentos

A despeito da propensão do brasileiro a pechinchar nas compras, ou seja, o prazer em obter um desconto, a cultura dos cupons de descontos começou a se consolidar no País apenas há menos de uma década, apesar de ser algo bem disseminado há bem mais tempo em outros países. Ao ajudar a implantar esse mercado no Brasil, a Cuponeria conseguiu seu intento e avançou a ponto de hoje se desdobrar em uma nova unidade de negócios B2B que ajuda organizações de todos os segmentos na criação de clubes de benefícios. Detalhando esse caminho que promete facilitar a retenção e fidelização de clientes, Thiago Brandão, CEO da Cuponeria, foi o convidado, hoje (21) da 762ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Lembrando, de início, que a empresa nasceu em 2011 para trazer a cultura de cupons de descontos para o Brasil, Thiago salientou a importância de se criar diferenciais que surpreendam o cliente depois que ele já foi conquistado. Ou seja, incrementos na experiência distintos do que a concorrência está oferecendo. Na sua concepção, a Cuponeria consegue ajudar a vencer esse desafio, em uma proposta que permite a maior aproximação dos clientes com os consumidores finais disponibilizando tecnologia e conteúdo. Isso depois de vencer a primeira etapa que era justamente provar aos grandes players no País as virtudes do cupom de desconto para a fidelização. “Conseguimos penetrar e avançar com nossa proposta graças ao êxito alcançado por clientes tais como McDonalds, Pão de Açúcar, Carrefour e outros, que inauguraram esse vertente no Brasil, desfrutando das possibilidades digitais oferecidas por nosso sistema, nesse pioneirismo junto aos seus consumidores finais.”

Na sua concepção, a Cuponeria se firmou com muita resiliência, enfrentando a resistência inicial das marcas à proposta, em uma perseverança que se baseava na observação do quanto o brasileiro aprecia a oportunidade de redução do preço. Tanto que, segundo ele, atraiu concorrentes e hoje é uma ferramenta de atração e manutenção de clientes usada em shoppings e em todo tipo de estabelecimento. “Aprendemos muito com o consumidor e conseguimos transformar um pouco a forma de consumir no País. O que nos levou a criar, recentemente, uma nova unidade de negócios na vertical B2B, levando essa experiência para grandes bancos, seguradoras, empresas de cartão, etc., ajudando essas companhias a ofertarem benefícios para os clientes finais, cabendo à nossa empresa a criação do clube de benefícios para elas.” Por meio da tecnologia da Cuponeria, o consumidor pode acessar os cupons e oportunidades de cashback de forma assertiva, garante o executivo, oferecendo o benefício adequado a cada perfil de cliente, para que a experiência seja vitoriosa.

Na sequência, indagado sobre a relevância que deve adquirir o tratamento das informações que surgem para cada segmento de consumo, Thiago corroborou destacando que a organização possui uma diretoria dedicada totalmente à questão dos dados obtidos junto aos consumidores. “Um dos nossos diferenciais é justamente a facilidade com que nossos clientes podem acessar esses números exclusivos. Tanto na forma bruta dos dados quanto em relatórios feitos por nós de forma estudada e personalizada para cada um deles. Pois, de nada adiantaria entregar uma solução sem comprovar, por meio da prática dos consumidores finais, se a estratégia está efetivamente dando resultados em termos de fidelização.” Questionado sobre as métricas utilizadas para se chegar aos resultados concretos desses estudos, o executivo ressaltou que, apesar de se falar muito em CAC, Custo de Aquisição de Cliente, o caminho ideal é o da LTV, Lifetime Value, que indica o grau de importância em se manter o cliente na base, pelo valor que gera no longo prazo.

Nessa linha, Thiago explicou que os dados registrados ao longo da jornada do consumidor, já permitem inclusive saber se ele está prestes a partir para a concorrência. Por isso, uma das estratégias adotadas pela Cuponeria é a de gamification, por meio da qual o cliente vai recebendo recompensas que o mantém na jornada, levando à retenção. Trata-se de pontos que o consumidor vai acumulando nessa jornada, permitindo com que ele troque a pontuação por produtos ou serviços que são seus sonhos de consumo. “Essa espécie de premiação é um dos grandes trunfos para que esse cliente não fique de olho na porta de saída da empresa.” O CEO completou citando exemplos reais de sua base de clientes que comprovam o fato de que, sem as métricas, fica impossível saber se e quando oferecer as recompensas.

Houve tempo para o executivo detalhar a diferença entre as ações que as companhias adotam para aquisição de clientes e as que se destinam com muito mais eficácia para conservação do consumidor já conquistado. Ele explicou ainda de que forma o cupom e o cashback, por exemplo, podem funcionar com eficácia no clube de benefícios, graças a uma trilha tecnológica já preparada para que tudo funcione bem, além de esmiuçar de que forma a nova unidade de negócios B2B pode ajudar na vertical de fidelização e como acabou encontrando recursos adequados para o setor financeiro, de telecom, entre outros. “Por que sabemos que a melhor forma de entregar de bandeja os clientes para os concorrentes é não investir em fidelização”.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 761 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (21), com a presença de Paulo Naliato, VP comercial de varejo da Cielo, que falará do impacto da jornada na fidelização em meios de pagamento; na quarta, será a vez de Antonio Augusto, diretor de marketing da Localiza&Co; na quinta, Heverton Peixoto, CEO da Omni&Co; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Economia prateada: Como encantar e fidelizar os clientes 50+?”, reunindo Matheus Girardi, diretor de clientes do Agibank, Renato Padredi, gerente de produtos e responsável pelo tema Longevidade na Brasilprev, Cristián Sepúlveda, CEO da Silver Hub, e Daniel Azevedo, diretor executivo e sócio do BCG.

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