A força das idéias na empresa

Face à velocidade das mudanças verificadas no mundo atual, o grande desafio da empresa moderna é definir estratégias suficientemente capazes de torná-la, a cada momento, mais competente e lucrativa. O grande alvo é atender as expectativas de um consumidor mais informado e exigente. A grande descoberta do século XXI foi o valor da pessoa humana, noutras palavras, o grande capital das empresas deixou de ser os seus recursos financeiros e passou a ser o capital humano. A tecnologia tornou as empresas, seus produtos e serviços cada vez mais semelhantes, até mesmo nos seus preços. O diferencial da empresa passou a ser os seus valores humanos.

Dentro da realidade referenciada, o oxigênio indispensável para a sobrevivência e sucesso da empresa passou a ser formado por alguns valores imprescindíveis como a capacidade de inovação, gestão empreendedora, agregação de valores lucrativos, parcerias com outras empresas, cumplicidade com os clientes por parte de diretores e colaboradores, pesquisa de satisfação dos seus clientes, treinamento constante, definição de uma filosofia que tenha o cliente sempre como o seu alvo maior, troca de idéias com clientes e colaboradores, enfim, uma gama de idéias que possa dispor para tornar-se sempre atualizada, lucrativamente, que tenha “gente“ para emprestar os seus cérebros para este objetivo. A empresa que não andar dentro desta realidade e ao lado da tecnologia do mundo moderno, ficará só, isolada, marginalizada para o crescimento, afirma o renomado palestrante Waldez Luiz Ludwig, em palestra a rotarianos de Fortaleza.

Seqüenciando-se esta linha de análise, o sucesso da empresa passa, obrigatoriamente, pela vertente da presença de líderes e não chefes, que saibam tirar leite de pedras. Ninguém motiva ninguém – somente a pessoa humana é capaz de automotivar-se, comprometer-se com uma causa, ter cumplicidade no sucesso da empresa. O grande fator de motivação para as pessoas é o reconhecimento pela gestão maior da empresa dos pontos fortes dos seus colaboradores. Quem vende idéias fica rico, quem vende coisas permanece sempre pobre – afirma Waldez Ludwig. Em síntese, somente os colaboradores da empresa podem tornar a empresa autocriativa e auto-inovadora, pilastras indispensáveis para a lucratividade da empresa moderna, através de idéias que lhes são próprias. Como conseqüência, a empresa há de ter verdadeiros craques no seu plantel de colaboradores, as quais deverão ser pessoas inovadoras, excelentes no que fazem, excelentes em trabalho de equipes, comuniquem-se bem em todos os segmentos da empresa, rápidas para solução dos problemas e, sobretudo, sejam líderes no sentido maior da palavra.

Segundo o modelo Bee Hoch, a avaliação humana do colaborador da empresa moderna deve estar estribada em alguns parâmetros essenciais, como integridade, grau de automotivação, capacidade, competência, experiência, grau de compreensão para absorção dos problemas da empresa, conhecimento, experiências humanas e profissionais, desejo de sempre querer saber mais, relacionamento humano e níveis de equilíbrio emocional. Como avaliação final, toda a filosofia da empresa há de estar sempre direcionada para esta realidade fundamental como caminho único do sucesso. Muitas empresas estão fadadas ao fracasso, porque não sabem valorizar o grande capital dos seus colaboradores – o potencial de idéias.

João Gonçalves Filho (Bosco) – Administrador de Consórcio
(famas @ famas.com.br)

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