Diretor da Afya descreve o crescimento do grupo com aquisições estratégicas e aposta na excelência do atendimento aos alunos
O Brasil conta com 576 mil médicos ativos, conforme divulgado este ano pelo CFM, Conselho Federal de Medicina, atuando de forma muito centralizada nas capitais. Contribuindo para mudar esse cenário, a Afya vem avançando pelo Norte e Nordeste, oferecendo educação em medicina e tecnologia para práticas médicas. Assim, ao mesmo passo que ajuda a corrigir a disparidade, a empresa tem registrado um crescimento acelerado, com 32 unidades pelo Brasil, tendo adquirido, somente nos últimos quatro anos, 13 grupos de ensino superior e 12 empresas de tecnologia, conforme detalhou, hoje (03), Filipe Manzi, diretor de customer journey da Afya, ao participar da 924ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Para contextualizar, o executivo contou que a Afya tem cinco anos de existência, nascendo da fusão da NRE Educacional, fundada por um casal de médicos há 25 anos, com a Medcel, marca de cursos preparatórios para a prova de residência médica. Suportada por um fundo, a tese da empresa era acompanhar a jornada de formação de atualização do médico ao longo da vida. “Trata-se de uma longa jornada. Normalmente, é um profissional que passa pela graduação, residência médica, faz pós-graduação durante sua vida e tem que se atualizar permanentemente. Então, a proposta da Afya era se tornar parceira nessa extensa experiência de aprendizado e atuação profissional.”
Logo, a empresa abriu o capital, negociando ações na Nasdaq, já com intenção de adquirir outro braço de empresas tecnológicas. Ou seja, avançando da formação profissional para as práticas médicas, como telemedicina, aproveitando a aceleração que houve com a pandemia. “Atuamos hoje com duas verticais, que são a educação em medicina e a prática médica com soluções para o profissional utilizar na sua atuação.”
Hoje, já são 32 unidades de graduação, 30 delas com curso de medicina, “tornando-nos o maior player do País em educação na área”, e 16 unidades de pós-graduação espalhadas pelo Brasil, não só nas capitais. Conforme explicou o diretor, faz parte dos objetivos da Afya, também, contribuir para uma interiorização do ensino de medicina no País, já que há uma defasagem nessa questão, com sete ou oito médicos para cada mil habitantes nas capitais e regiões nas quais esse número despenca para 1,2 médicos. Dessa forma, três unidades da empresa estão no Norte e Nordeste, nas áreas mais remotas onde, junto com as faculdades, presta também atendimento médico. Já foram realizados, segundo ele, desde 1999, mais de dois milhões de atendimentos pelo SUS nas estruturas da empresa.
Indagado sobre o diferencial do grupo para justificar o crescimento acelerado, Filipe indicou o fato do ensino de medicina estar muito pulverizado no País, portanto, sem qualidade e controle. “Por sermos um grupo, conseguimos criar uma matriz acadêmica diferenciada, com um ensino muito superior à média do mercado e muito mais organizado. Em quatro anos fizemos 13 aquisições de grupos de ensino superior e 12 empresas de tecnologia. A empresa praticamente quadruplicou de tamanho, exigindo um grande esforço de integração para criar o padrão que oferecemos hoje.”
Mergulhando na questão de atendimento, Filipe disse que o cliente da empresa é o médico desde quando ainda é um estudante de medicina. “O grupo se propõe a estar ao lado de boa parcela desse público, durante toda sua jornada educacional até se aposentar, prestando um excelente serviço em qualquer ponto da experiência. Ao que se acrescenta a oferta de soluções para prática médica. Portanto, não podemos falhar para que continuemos sendo parceiros nessa longa jornada.” Segundo ele, hoje, 40% de todos os médicos brasileiros se utilizam de alguma solução da Afya.
Houve tempo para o executivo descrever parte de sua trajetória profissional até a Afya o convidar para criar a área e CX, acabando por absorver também as áreas de vendas e marketing, ao criar o sistema e estruturação de dados dos clientes para embasar o relacionamento. Além disso, ele falou dos produtos da empresa, sendo um deles o Afya Whitebook, aplicativo utilizado por 90% dos médicos para suportar a adesão clínica e que apresenta um alto NPS, gerando uma legião de fãs. Também comentou a estratégia de criar competição entre as unidades do grupo pensando na excelência do atendimento e como funciona o sistema de capturar feedback junto aos médicos para criar insights, entre outros assuntos.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 923 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (04), recebendo Ilson Bressan, CEO da Valid, que abordará a construção de jornadas de encantamento fluidas; na quarta, será a vez de Duda Davidovic, superintendente de inovação da Elo; e, na quinta, Marcelo Hahn, CEO da Blau Farmacêutica; e encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Franquias: Como alinhar e manter a cultura cliente?”, reunindo Marcos Gundel, diretor executivo da Mundo Animal, Fernanda Milred, COO da Espaçolaser, Viviane Pio, diretora de vendas da CVC, e Eduardo Murin, diretor de B2B do CNA.