Valdeni Rodrigues, CEO da Tectoy

A revitalização da marca na direção do cliente

CEO da Tectoy descreve movimento que diversifica o negócio com produtos de automação e pagamento para o varejo, indo além da indústria de eletrônicos

Criada em 1987, a Tectoy logo decolou como dona de produtos icônicos na área de eletrônicos, principalmente para entretenimento, formando uma legião de fãs por meio da parceria com a japonesa Sega na produção e comercialização do Master System e do Mega Drive. Agora, depois dos altos e baixos que marcaram a trajetória a partir do início dos anos 2000 e ultrapassados também os desafios da pandemia, a empresa se propõe a continuar satisfazendo os anseios nostálgicos dos consumidores, ao mesmo tempo em que parte de forma decidida para novas verticais de atuação. Transformando-se em uma indústria 4.0, aquela que inova com equipamentos à base das novas tecnologias como IoT, inteligência artificial e outras, a empresa mira o comércio 4.0, oferecendo automação que aproxima e melhora a interação dos varejistas com seus consumidores. Detalhando os passos que conduzem a empresa às novas tendências, Valdeni Rodrigues, CEO da Tectoy, foi o convidado de hoje (24), da 589ª live da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Chamado pelos investidores, há três anos,para auxiliar no processo de transformação da empresa e revitalizar a marca, Valdeni iniciou contando um pouco das decisões tomadas para a retomada do crescimento. O que não foi simples. Logo após sua primeira meta, de dar sustentabilidade à organização, estar praticamente consolidada e prestes a alçar voos com novos portfólios, veio a pandemia. Nesse caminho, depois de superar o susto e os empecilhos como a falta de componentes e outros, a empresa percebeu as oportunidades dentro das circunstâncias do lockdown não só para o mercado de games, mas também podendo enveredar por uma nova vertical, a de automação comercial.

“Coincidentemente, já estávamos trabalhando com terminais de alta tecnologia, de autoatendimento e os de contact less. Ou seja, tudo voltado para melhorar a interação dos varejistas com os consumidores. Experiência que foi acelerada pela pandemia, incluindo reconhecimento facial do cliente, entre outros recursos.”

Quando perguntado sobre uma eventual estranheza do público mais tradicional da marca frente a essa guinada rumo a outras verticais, Valdeni tem tranquilizado os clientes do segmento, assegurando que a organização manterá a todo vapor os investimentos no setor de eletrônicos. “Não podemos perder o que já foi consolidado com o DNA da empresa nessa vertente, mas precisamos solidificar o negócio com outros pilares estratégicos. O que permitirá seguir o objetivo histórico de perenizar a marca.” Depois de explicar as dificuldades técnicas que estão sendo superadas no esforço para relançar produtos tradicionais, mesmo os da linha da informática, como o Pense Bem – que deverá voltar  ao mercado como um verdadeiro computador, de uma forma diferenciada, no próximo ano -, o CEO pôde delinear o quadro geral de transformação que se opera na empresa, a partir da atuação como fornecedora dentro do comércio 4.0. “Criamos uma equipe com representantes da Tectoy em cada estado brasileiro, mais as parcerias com distribuidores, aproveitando nossa sedimentada cultura B2B, para ajudar a impulsionar os varejistas, principalmente com a chegada do 5G, nessa nova abordagem de automação comercial.” Para ele, tudo isso se insere em um ambiente de cultura de inovação que existe na indústria brasileira como um todo, extremamente capacitada em termos de profissionais e de conhecimentos, e que só não é maior por causa da carga tributária e outros fatores que encarecem a produção.

Após falar um pouco das perspectivas de atuação da Tectoy no mercado de meios de pagamentos, a partir da incorporação da Transire Eletrônicos, incluindo um sistema de logística reversa para manutenção das maquininhas, Valdeni respondeu a uma questão vinda dos internautas participantes, a respeito do uso do Xwatch-Smartwatch Tectoy em medicina preventiva. Para ele, essa utilização pode se estender para vários aspectos da experiência do paciente, tendendo ainda a avançar via censores para calibrar, com cada vez mais eficácia, a pressão sanguínea, batimentos cardíacos, etc., tudo dentro de ações de cuidados preventivos aprovados pela Anvisa. Ele ainda apresentou um panorama dos licenciamentos que a empresa possui em relação à marca Atari e sobre a continuidade dos históricos produtos oriundos da japonesa Sega, como o Master System e o Mega Drive, além de esmiuçar os avanços nas estratégicas de CX dentro das três verticais de atuação nessa nova fase da organização.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 588 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (25), com a presença de Juliana Sousa, coordenadora de experiência do cliente da Cyrela, que falará da resposta da empresa às transformações do mercado imobiliário; na quarta, será a vez de Helena de Angelo Lizo, diretora geral da Lalamove no Brasil; na quinta,  Allan Sztokfisz, CEO e cofundador do Charlie; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Quem são os consumidores das favelas?”, com os convidados Emilia Rabello, CEO da Outdoor Social e Leonardo Ribeiro, diretor da Favela Holding e CEO da Comunidade Door.

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