Talita Castro, CEO do PiniOn

A transformação das pesquisas de mercado com mobile e engajamento

CEO do PiniOn descreve a trajetória do aplicativo que cresce com modelo de pesquisas por meio de missões dadas aos usuários

Aos poucos vai sendo quebrada a resistência das grandes empresas às pesquisas de mercado que não sejam presenciais. Entre os fatores que muito tem contribuído para isso está o PiniOn, aplicativo mobile de pesquisas de mercado, que trouxe dos Estados Unidos o modelo crowdsourcing, e já conta com três milhões de usuários aproveitando para obter uma renda extra. Trabalhando em missões específicas para cada um dos clientes da startup, os dados são coletados rapidamente e trabalhados com o uso de inteligência para virarem insights. Detalhando todo esse processo, Talita Castro, CEO do PiniOn, participou, hoje (10), da 1067ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Nascida em 2013, inspirada por alguns serviços de crowdsourcing já existentes nos Estados Unidos, o PiniOn foi pioneiro no Brasil como plataforma mobile de coleta de dados, realizando pesquisas em pontos de vendas e sondagens de mercado mais tradicionais, de acordo com a executiva. “Desde então, a empresa não parou de crescer. Estamos com uma base de três milhões de usuários, pessoas que vieram baixando o aplicativo e se cadastrando. E, no ano passado, batemos o recorde de cinco milhões de pesquisas realizadas para os nossos clientes, graças às missões que passamos aos usuários, em formato de gamificação dentro do aplicativo. Com isso, conseguimos um crescimento sustentado de 20% a 30% ao ano, que é a nossa meta também em 2025.”

Perguntada se uma das principais dificuldades seria conseguir usuários para uma base abrangente e que oferecesse as respostas rapidamente, a executiva respondeu que, ao contrário, há mais participantes do que quantidade de pesquisas que forneça tarefas para todos. “Desde 2014 já deixamos de realizar qualquer busca ativa de usuários, porque os que já estão no aplicativo percebem que funciona e passa a indicar.” De acordo com a CEO, uma das barreiras que a empresa teve que enfrentar, junto com outras do setor, foi vencer o mito de que a pesquisa presencial é a mais confiável. Nesse sentido, apesar de ainda encontrar resistência em algumas empresas, Talita garante que está diminuindo, principalmente pela relação custo-benefício e em função do tempo que leva para realização de uma sondagem tradicional, correndo o risco que, quando o insight chegar, já não faça mais sentido. “Nós conseguimos entregar os resultados muito rapidamente e não só dos dados brutos, mas também incrementar tecnologia no processo para extrair insights relevantes. Assim, conseguimos andar dentro das necessidades do cliente.”

Trabalhando no modelo B2B, com grandes clientes da indústria de bens de consumo, mídia, tecnologia, serviços bancários, etc, o PiniOn tem um time de interdisciplinar com larga experiência em pesquisas para que consiga entender os problemas dos clientes e transformar isso em briefings e instrumentos de coleta de dados competentes, com adaptação de linguagem para os usuários. “A partir daí construímos nosso projeto de pesquisa a ser aplicado na nossa base. Coletamos esses dados e entregamos dentro das necessidades dos nossos clientes.” Dando exemplo, ela explicou que, para uma empresa de mídia, uma das hipóteses é fazer a avaliação, em tempo real, de uma ação de merchandising dentro de um programa de televisão. “Nesse caso, selecionamos dentro da nossa base pessoas que assistem a esse programa assiduamente, coletamos os dados sobre a percepção dos telespectadores sobre aquela ação e os passamos tanto para nosso cliente quanto para o anunciante.”

Houve tempo ainda, no decorrer da live, para Talita falar de outros cases, seja em lançamento de produtos, momentos em que o usuário funciona com pesquisas de campo, além de comentar como são elaborados os formulários de perguntas, os critérios para avaliação dos dados e o tempo que é estabelecido para realização das missões pelos usuários. Contou, também, de que forma uma pessoa pode se cadastrar para fazer parte do crowdsourcing no aplicativo, de que forma essas pessoas são remuneradas, os motivos pelos quais a empresa procura oferecer amostragens as mais diversas, entre outros assuntos.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1066 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (11), trazendo Carol Fávero, gerente de comunicação e marketing da Portobello Shop, que abordará a inovação atrelada à tendências de consumo; na quarta, será a vez de Hilston Guerim, sócio-fundador e diretor de expansão da Mais1.Café; na quinta, Luiz Landgraff, head de estratégia e operações da 99Pay; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Outsourcing: O desafio das constantes transformações”, reunindo Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG, Luiz Gomes, VP de operações e experiência do cliente da Neo & Hypeone, e Leandro Santos, head de operações da Algar Tech.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima