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ACSP mapeia consumidores



Pesquisa encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) à Toledo & Associados em agosto de 2008 mapeou o consumo de produtos financeiros e de crédito dos paulistanos, bem como sua auto-percepção a respeito da inadimplência. A amostra inclui 1.007 entrevistas, realizadas em cinco regiões da Capital paulista, proporcionalmente à suas respectivas classes sociais e concentrações populacionais. A amostra permitiu verificar que a renda média pessoal (R$ 1.265,47) e a renda familiar dos homens (R$ 2.074,33) são maiores do que as das mulheres (respectivamente R$ 749,16 e R$ 1.724,44).

 

Segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP, um dos itens da pesquisa mostrou como são os consumidores. “Metade dos entrevistados se julgam econômicos, isto é consomem apenas o essencial. A maior parte dessas pessoas são as mulheres (54%). Na classe C2, esse percentual cresce (64%), enquanto na classe D o percentual é ainda maior, de 73%. Por outro lado, 37% se consideram comedidos, ou seja, pensam antes de gastar em algo que não é essencial. Porém, 14% das mulheres da classe A2 se julgam impulsivas, gastando mais do que o essencial. Juntam-se a elas, 20% dos consumidores da classe B1. Apenas 19% dos pesquisados se julgam endividados”, completa.

 

Ainda de acordo com a pesquisa, 31% dos entrevistados priorizam o pagamento de contas relativas a necessidades básicas como água (31%), alimentação (17%), aluguel (13%) e energia elétrica (11%). Outro dado extraído da pesquisa é que apenas 36% dos entrevistados costumam controlar os gastos mensais com base numa planilha eletrônica ou manual. Mesmo assim, 83% do total de pesquisados dizem que levam em consideração as compras feitas à vista e a prazo no orçamento doméstico.

 

Outro dado da pesquisa indica que os dois maiores bancos de varejo privados do país concentram 64% dos bancarizados, e que 34% deles utilizaram cartões nos últimos 12 meses. Mesmo assim, o cartão de crédito foi o instrumento mais utilizado para parcelar o pagamento de compras (54%), acima até do carnê de crediário (45%), principalmente, nas classes C2 e D.

 

A inadimplência medida pelo levantamento mostrou maior taxa de atrasos de até 30 dias (31%), contra 29% de 60 dias exatos, 20% mais de 120 dias, 15% de 30 dias exatos e 6% de 90 dias. A maioria dos entrevistados que devem mensalidades de carnê crediário (72%) pretendem quitar os débitos nos próximos três meses. Dentre os que não têm essa perspectiva, há muito mais mulheres do que homens. Apenas 17% dos pesquisados tomaram algum empréstimo recentemente.

 

A maioria deles (49%) recorreu a empréstimos bancários; consignados 15%; financiamentos de carro e moto 13%; crédito pessoal bancário 13%; empréstimo em financeiras 8%; financiamentos imobiliários 4%, entre outros com menores percentuais. Dentre os que financiaram as aquisições, 70% não souberam dizer quais taxas de juros foram cobradas. Dos restantes que sabem (30%) quanto pagam para parcelar suas compras, apenas 35% foram bem orientados e leram detalhadamente os contratos de financiamento; 59% não o fizeram e 6% disseram que foram orientados, mas não assinaram nenhum contrato.

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