A Dicico, que atua há 88 anos no mercado varejista de construção e que pretende até 2007 expandir seus negócios, tornando-se a líder deste segmento no estado de São Paulo com 30 unidades e faturamento anual de R$ 1 bi, investe em tecnologia junto à gestão comercial e financeira, a fim de alcançar seus objetivos de crescimento. Entre os principais projetos implantados pelo diretor de gestão da empresa, Jorge Garcia Letra, estão a Etiqueta Inteligente e a Gestão de Espaço (Spaceman). “Como possuímos lojas com 3 mil m2, temos que oferecer aos clientes um ambiente otimizado, a fim de que a compra aconteça da maneira mais confortável possível”, comenta o diretor.
Criada há dois anos, pela própria empresa, a Etiqueta Inteligente é uma espécie de enciclopédia com todas as informações sobre cada produto, abrangendo desde sua quantidade no estoque, disponibilidade em loja, tipo de promoção modelo de merchandising, forma de abastecimento, preço, e até a inscrição do código de barras. A partir deste sistema, o vendedor tem total visão de qual é a situação de cada item tanto no estoque como nas prateleiras, no momento em que atende o cliente.
Junto com a Etiqueta Inteligente, em alguns dos produtos que estão em promoção, encontram-se splashs – etiquetas maiores que mostram o valor e as formas de pagamento de cada item -, além de uma pesquisa comparativa, onde o cliente pode visualizar qual preço praticado pelos seus concorrentes para o mesmo produto.
Em funcionamento desde julho do ano passado, no setor de tintas da loja do Ipiranga, o programa de Gestão de Espaço (Spaceman), elaborado pela Nielsen, promove a otimização e utilização de cada prateleira da melhor maneira possível, atendendo às necessidades dos consumidores de forma mais eficiente. “Trata-se de uma espécie de mapa de cada gôndola, que determina a necessidade de reposição de cada produto, rentabilidade de cada prateleira, e espaço disponível, giro, além de projeções diversas”, afirma Jorge Letra. Para a implantação do Spaceman, a Dicico investiu aproximadamente R$150 mil e já conseguiu aumentar a venda de alguns produtos que ficavam muito tempo nas prateleiras e, conseqüentemente, nos estoques, e outros que “saiam” das prateleiras, gerando ruptura por falta de reposição. A empresa pretende implantar este serviço em todas as lojas da rede, no máximo em 210 dias.
Segundo Carlos Roberto Corazzin, diretor de marketing da empresa, com estes investimentos tecnológicos, a Dicico está se preparando para atender ao aquecimento do setor de construção e a um público que se revela cada vez mais exigente.