A Cisco Systems, empresa fabricante de tecnologia para Internet, divulgou hoje, em coletiva de imprensa, a terceira edição do “Barômetro Cisco de Banda Larga”. O estudo revela que entre abril e junho de 2006, 379 mil novas conexões em banda larga foram comercializadas no Brasil, totalizando 4,743 milhões de acessos, um avanço de 8,7% se compararmos ao primeiro trimestre deste ano.
O que se nota ao longo do segundo trimestre foi a continuidade das ofertas de acesso em banda larga com velocidades acima de 1 Mbps (megabytes por segundo). Embora a redução de preços não tenha sido tão evidente quanto nos trimestres anteriores, muitos consumidores residenciais, responsáveis por mais de 86% das conexões instaladas, migraram do acesso discado ao perceberem uma relação custo-benefício ao acesso mais veloz.
Já entre os usuários corporativos, destacam-se as micro, pequenas e parte das médias empresas. Grande parte deste novo mercado adotou a banda larga em função de velocidades maiores a preços mais acessíveis. A banda larga, para essas empresas, tornou-se uma opção viável entre o acesso discado (com baixa velocidade) e o IP Dedicado (alta custo). Mesmo assim, nota-se que muitas empresas no Brasil, principalmente micro e pequenas, ainda usam o acesso discado.
“Este é o momento de investir no Brasil, e não há crescimento sem investimento em tecnologia. Os indicadores confirmam a meta de 10 milhões de acessos até 2010, mas contamos também com o suporte do governo brasileiro, para nos inspirar que é possível ter o aumento de inclusão digital”, afirma Rafael Steinhauser, presidente da Cisco do Brasil.
Ainda durante a coletiva, a Cisco mostrou que as tecnologias de banda larga terão, cada vez mais, papel decisivo no desenvolvimento do setor de Saúde no Brasil. “Atualmente, já se observa o uso intensivo de arquivos digitais para elaboração de diagnósticos à distância, e no futuro, a banda larga poderá viabilizar técnicas mais avançadas como a telecirurgia”, afirma Fabio Costa, presidente da IDC Brasil. Para debater sobre essa evolução, estiveram presentes Rafael Steinhauser, presidente da Cisco no Brasil; Peter Drury, diretor da área de Saúde para Emerging Markets da Cisco; Chao Lung Wen, médico, professor e coordenador da disciplina Telemedicina da FMUSP; Pedro Garcia, responsável pela área de saúde do Chile, no governo do presidente Ricardo Lagos no período de 2000 a 2006; e Fabio Costa, presidente da IDC Brasil.