Bem-vindo à era da experiência!

De acordo com Philip Kotler, hoje, o mercado se encontra na fase do marketing 3.0, um momento muito mais voltado ao ser humano. Mais do que pensar no consumidor, que o marketing já faz desde o começo, é procurar transmitir valores. Ou seja, é um período em que as empresas devem se empenhar muito mais em passar ao público seus propósitos de existência e aquilo que acreditam, junto com ações que demonstrem o empenho em fazer do mundo um lugar melhor. O consultor e especialista em venda e marketing, José Ricardo Noronha, comenta que os clientes estão cada vez mais exigentes na seleção dos negócios com a qual irão se relacionar e escolhem aquelas com a qual há uma maior identificação nos princípios. “Eles querem se relacionar com empresas socialmente responsáveis e que causem impacto positivo ao mundo, nas comunidades que estão inseridas”, diz.
Assim, em 2016, a meta que as marcas devem assumir para estabelecer vínculos duradouros com os consumidores é serem genuínas para as pessoas e conscientes socialmente. “É fundamental que elas invistam em marketing 3.0 e usem de forma inteligente as redes sociais, sites, blogs, como ferramentas que não só permitam vender, mas aproximarem-se dos clientes”, continua o executivo. Não basta expor o engajamento. Se a empresa realmente deseja ter uma maior proximidade com sua base, ela necessita se atentar a outro fator importante: a experiência. Noronha conta que junto com a exposição dos valores, o mercado também entra na Era da Experiência. “A gestão de clientes nunca foi tão crucial quanto agora, pois, por mais incrível que possa parecer, o atendimento e a forma como as empresas se relacionam está aquém da expectativa do cliente.”
Hoje, as pessoas estão repletas de informações e sendo abordadas por empresas e ao consumo em todos os instantes. Porém, porque se relacionam com um número grande de marcas, não conseguem apontar quais as encantam. O que faz com que o tema “excelência no atendimento” ganhe uma proporção muito maior neste ano. “O cliente só vai gastar o dinheiro e só vai se relacionar com empresas que, primeiro, bem entenderem suas necessidades e expectativas e que, verdadeiramente, com ele se conectarem”, argumenta o especialista. Ainda mais neste momento de permanência da crise, ele ressalta que quem continuar oferecendo os mesmo serviços e não inovar corre grandes riscos de ficar fora do mercado. “E como elas fazem para se posicionarem melhor diante da crise? Uma das melhores e mais eficazes, que poucas empresas têm feito de forma consciente e correta, é investir em marketing de conteúdo.”
E tal aproximação, que Noronha chama de visceral, é criada a partir da junção dos valores da marca, com o oferecimento de uma experiência de excelência. E tal situação só é possível se a empresa de aliar à área de marketing, na criação de estratégias que exponham essa posição mais verdadeira e aberta ao público. Sem contar que com ela, também é possível adquirir um maior conhecimento do cliente. “Só atende bem quem bem entende as necessidades, desejos, sonhos e expectativas do cliente e comunicam com ele, para criar um relacionamento muito mais próximo”, avalia. “E algumas empresas têm feito isso cada vez melhor por meio de uma estratégia de marketing muito bem estruturada, que carrega no seu escopo os valores de existência da empresa.” 
Por isso, para 2016, profissional indica que as empresas invistam na experiência do cliente. A fim de criar uma cadeia de interação com o público que seja mais personalizada. Já que o cliente é único e deseja que as marcas o tratem assim. “Faça um mapeamento, com a equipe de marketing, da jornada que o cliente tem e verá que são inúmeros os pontos de interação. E, depois, questione-se se cada um desses pontos verdadeiramente servem para ressaltar o valores e benefícios do negócio e o mais importante: o propósito de existência. Quanto mais customizada for essa experiência, mais irá se beneficiar, vai estar colocando em prática o marketing moderno.”

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