A Bosch realizou uma mudança na sua forma de atender as demandas dos clientes do Automotive Aftermarket e transformar a área de logística em uma de suas competências chaves. Batizada de projeto Fênix e apoiada pelo Bosch Production System, BPS, que visa à melhoria contínua de processos e serviços, a iniciativa foi no sentido oposto à terceirização e trouxe de volta à empresa a gestão da logística física de armazenagem e distribuição, bem como a autonomia no sistema de gerenciamento de informação e operacionalização das atividades da área.
Para conseguir colocar o projeto em prática, que iniciou em 2012, a Bosch criou uma área que trabalha em tempo integral dentro de um centro de distribuição localizado em Louveira, no interior de São Paulo, na qual é responsável pelo desenvolvimento e gestão dos processos, aplicando as soluções necessárias para garantir a eficiência, alinhadas às necessidades específicas dos negócios do Aftermarket. “Nos últimos anos, a eficiência logística se tornou um dos fatores chaves de sucesso para todas as empresas. As necessidades e expectativas dos clientes, assim como os custos aumentaram. Desta forma, melhorar a produtividade nesta área se tornou uma condição de sobrevivência. O projeto Fênix foi planejado para entregar aos nossos clientes uma solução logística, feita sob medida e mais adequada às suas necessidades”, observa Delfim Calixto, vice-presidente da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch América Latina.
No portfólio da divisão estão aproximadamente 20 mil produtos, entre velas de ignição, cabos, filtros, palhetas, alternadores, motores de partida, componentes dos sistemas de freios e de injeção, entre outros itens que atendem cerca de 95% da frota circulante brasileira. Para dar vazão ao volume, a equipe trabalha com um tempo de atendimento de 24 horas para que os produtos possam ser processados e disponibilizados para a distribuição através de diferentes modais. A logística do aftermarket automotivo compreende 60 toneladas de mercadorias movimentadas por dia, distribuídas em aproximadamente 50 caminhões, que deixam o centro logístico diariamente e são enviados a mais de 1.500 pontos em todo o Brasil.
“Para se ter uma ideia da eficiência do projeto, em 2012, tínhamos uma média de 4.500 linhas de pedidos processados por dia. Com as mudanças implementadas, conseguimos melhorar a eficiência e aumentar a nossa produtividade, que mais que dobrou, chegando a ultrapassar a casa das 10 mil linhas de pedidos diários”, comenta Calixto. O conceito do BPS, utilizado pela Bosch em suas plantas ao redor do mundo, possibilitou também que o espaço físico do armazém fosse repensado. Dessa forma, além dos processos redesenhados, foram alteradas as estações de trabalho, localização dos produtos armazenados, o que impactou positivamente na otimização de todas as etapas da atividade.
“Estamos, nesse momento, estabilizando os nossos processos e adequando as demandas à nossa capacidade. Com isso, nossa meta é maximizar a nossa eficiência até 2015. Acreditamos que, dessa forma, ampliaremos os níveis de satisfação dos clientes que hoje, após quase um ano de implementação do projeto, tem recebido avaliações bastante positivas”, observa o executivo.