De acordo com estudo encomendado pela Visa e conduzido pela AmericaEconomia Intelligence na América Latina e Caribe (ALC), sete milhões de internautas, ou 3,7% da população brasileira, já têm o hábito de fazer compras pela Internet. Em 2007, as vendas on-line no Brasil alcançaram a marca de US$ 4,89 bilhões, um crescimento de 116% em comparação ao ano de 2005, e um recorde em e-commerce da região América Latina e Caribe.
O estudo destacou que, em outros países da América Latina, os e-consumidores superam 12% da população. No Brasil, a cifra de 3,7% é suficiente para colocar o País em primeiro lugar entre os que mais compram pela internet em toda a região, com 45% das e-compras no período. Outro dado importante é que o e-commerce no Brasil representa 0,38% do PIB nacional, acima da média da região de 0,32%, mas ainda distante de economias mais avançadas como os Estados Unidos, onde a penetração alcança 1%.
Este aumento deve-se principalmente a um sustentável crescimento econômico, avanços na tecnologia, aumento da penetração de cartões de crédito e mudanças positivas no comportamento do consumidor. “Cada vez mais os cartões de crédito se posicionam como um dos principais aliados para o crescimento do e-commerce, prova disso é que mais de 65% das compras online do Brasil são realizadas com cartões de crédito”, afirma Eduardo Chedid, diretor executivo sênior de Produtos da Visa Brasil.
O estudo, que tem como objetivo mostrar a situação atual e as tendências do e-commerce na América Latina e Caribe, apresenta o índice “e-Readiness B2C”, que compara a capacidade das economias da região para desenvolver a demanda por comércio eletrônico. Em 2007, a América Latina chegou a 26,2 pontos no e-Readiness, enquanto que o Brasil chegou a 42,5 pontos. Esse índice, segundo maior da América Latina, pode ser explicado pelo nível de bancarização e pela penetração de cartões de crédito no país.
O estudo aponta ainda que o Brasil poderá ter um ótimo cenário para continuar em forte expansão no mercado de comércio eletrônico, porém, para isso, precisa ter um pouco mais de atenção ao que se refere à necessidade de aumentar o investimento em infra-estrutura digital para suportar a grande crescente do mercado.