A intensificação da cooperação entre Brasil e China no segmento de software foi a principal proposta que o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) fez durante reunião com missão chinesa. Além do perfil comercial, o ajuste do acordo prevê o aumento do trabalho conjunto também na área de pesquisa, desenvolvimento e programas educacionais. A China tem destaque reconhecido mundialmente na produção de hardware e vê no Brasil um parceiro atraente para ampliar seu mercado, oferecendo equipamentos com programas embarcados (embedded software) – sistemas desenvolvidos especificamente para um tipo particular de dispositivo.
O MCT entende que a cooperação entre os dois países deve ser conduzida com o objetivo de ampliar as parcerias no setor, para além do setor empresarial, incluindo também os centros de pesquisa e as universidades. As atividades de cooperação propostas no ajuste do acordo são desenvolvimento e comercialização de software, redes de alta velocidade, comércio eletrônico, governança eletrônica, segurança da informação, bioinformática, microeletrônica, automação e telecomunicações, entre outras.
Outra prioridade proposta no acordo é o desenvolvimento de software aberto, com atividades de certificação cruzada de produtos e criação de um canal rápido de disseminação de sistemas inovadores para empresas e para o governo, que permitam identificar interesses comuns. O governo chinês se mostrou interessado em oferecer um espaço físico para que seja criado um parque tecnológico na China para empresas brasileiras, que gozariam de isenção de impostos durante dois anos. Um plano detalhado sobre esses incentivos deve ser apresentado pela delegação em dois meses. Já o MCT e a Softex ficaram responsáveis por elaborar nos próximos 90 dias uma lista das empresas brasileiras interessadas em participar do programa.