Brasileiros revelam hábitos em fast-food

A preferência pelo fast-food em detrimento do restaurante tradicional se dá, para 74% dos entrevistados da pesquisa “Fast-Food no Brasil”, pela conveniência, rapidez e agilidade na refeição. Desenvolvida pela Shopper Experience com 5.815 pessoas em todo o país, o estudo mostra ainda as redes preferidas Mc Donald´s (44%); 17% o Subway (17%); e 8% o Burger King (8%).
Ao questionar quais são os três fatores mais importantes para a escolha de um fast-food, a pesquisa aponta que 56% dos consumidores contumazes creditam como fator mais importante para a escolha o sabor da comida; e 27% consideram mais importante a higiene do local. Na hora de escolher o restaurante fast-food, o fator preço pesa pouco: apenas 3% dos entrevistados consideraram esse quesito importante. Fila, visual da loja e apresentação dos funcionários também não pesam muito: apenas 1% dos entrevistados considerou cada um desses tópicos importante no momento da escolha, segundo a pesquisa.
A pesquisa mostra ainda que 42% dos brasileiros entrevistados estariam dispostos a pagar mais contra 58% que não. A porcentagem alta de consumidores dispostos a desembolsar mais dinheiro é, na opinião de Stella Kochen Susskind, um sinal claro do que denomina por “consumidor moderno”. “A pesquisa mostra que 31% dos entrevistados estariam dispostos a pagar 10% a mais para resolver questões como preço, variedade e atendimento; 9% pagariam de 10% a 20% a mais. Embora tenhamos uma maioria de 58% que não desembolsaria nenhum centavo a mais, vemos que há uma tendência de querer ser parte da solução. Na prática, o consumidor quer manter uma relação de transparência; há muitos clientes dispostos a pagar mais para ter o melhor. Trata-se de uma nova lógica na relação de custo-benefício”, detalha a especialista.
Os consumidores de fast food no Brasil estão interessados em novidades no cardápio. A pesquisa aponta que 86% dos entrevistados gostariam que as redes incluíssem mais lançamentos no cardápio; apenas 14% não oferecem essa demanda. Um outro aspecto que deve ser motivo de atenção por parte dos gestores é a falta de mesas. Entre os entrevistados, 86% responderam que já desistiram de consumir por não haver mesas disponíveis. “Há uma clara tendência, mostrada por 45% dos entrevistados, de priorizar as lojas com mesas exclusivas. As ofertas adicionais de bebida, sobremesa, molho, café e combos – feitas ali no caixa -, mostram-se uma oportunidade lucrativa; 35% dos entrevistados quase sempre aceitam; 9% sempre aceitam; e 8% nunca aceitam. Há um percentual de 48% que raramente aceitam, ou seja, há espaço para aperfeiçoar os mecanismos de oferta”, afirma Stella.
A executiva acrescenta que a pesquisa aponta o caminho para estreitar o relacionamento com os clientes de fast-food: 60% aceitariam se o produto oferecido estivesse de acordo com as preferências e 37% se não aumentasse o valor da refeição. “Em resumo, conhecer melhor o cliente e estabelecer uma nova relação de custo-benefício, seguindo a nova lógica do consumidor e priorizando o relacionamento”, afirma.

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