Brincando de forma ética

Quando se trata em falar com o público infantil, é preciso de cuidado e atenção quanto ao conteúdo e a forma como será passada a mensagem, pois é um grupo que está em desenvolvimento, aprendizagem e ainda não possui conhecimento suficiente sobre determinadas questões. Precaução que vem recaindo também para as empresas, pois caso corram o risco de serem consideradas como praticantes de atos abusivos, fazendo da má fé para influenciar e fazer com que as crianças e adolescentes consumam um produto ou serviço, elas sofrerão com a perda de clientes e colocarão suas imagens em perigo. Ainda mais com a nova resolução do Conanda.
Levando em conta a importância que possui o seu público e a parcela de responsabilidade que as empresas têm para a evolução das crianças, Ricardo Roschel, diretor sênior de operações da Mattel do Brasil, afirma que as ações da empresas são voltadas visando o bem-estar delas. “A marca tem por princípio promover o brincar de forma ética, incentivando a criatividade e o desenvolvimento.” Assim respeitam as normas do Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, que fiscaliza as propagandas brasileiras, a fim de que elas não sejam abusivas e não constranjam o consumidor e nem empresas.
Ao contrário do que muitos podem considerar, como sendo mudanças que privam a liberdade de venda das organizações, que censurem a oportunidade à informação dos clientes e possam prejudicar as ações de mercado, Roschel explica que se as campanhas respeitarem as exigências e o seu público, as marcas não terão com que se preocupar. “A publicidade tem hoje um papel importante na formação da criança como consumidora consciente, quando balizada pela ética e verdade, por isso somos a favor da regulamentação e não da proibição.” Ao mesmo tempo, não se pode tirar ou esquecer que o principal papel na educação das crianças é dos pais e responsáveis. Quanto à preocupação em possíveis problemas e desafios na relação com o cliente, ele considera que, sendo uma relação honesta, a publicidade ou a falta dela não irá interferir. “Toda relação de uma empresa com seus clientes deve ser balizada pela ética e verdade”, complementa.

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