Clientes puxam transformação dos bancos

Os bancos da América Latina estão revisando a estratégia digital para reduzir custos e aumentar o acesso a pessoas sem acesso aos bancos. Tanto que eles estão priorizando as demandas dos clientes (55%), novas tecnologias (51%) e o impacto de novos players do mercado (48%), de acordo com o estudo “Qual consumidor é você? A realidade dos bancos digitais na América Latina”, realizado pela The Economist Intelligence Unit (EIU), sob encomenda da Temenos. “A crescente confiança no setor de fintech com sua simplicidade, baixos custos e inclusão social como prioridades demonstra que a digitalização é uma ferramenta para melhorar o acesso e a igualdade na América Latina. A resposta dos bancos foi a aceleração de suas estratégias de digitalização”, destaca Renee Friedman, editor do estudo produzido por The Economist Intelligence Unit.
A pesquisa destaca a necessidade dos bancos da América Latina desenvolverem as plataformas digitais para aprimorar os produtos e serviços, reestruturar os custos e atrair novos clientes. Legislações também estão encorajando colaboração de bancos e fintechs para entregar contas digitais aos desbancarizados. “Os bancos de varejo da América Latina estão com pressa para se digitalizar e atender às demandas dos consumidores, em constante e rápida evolução, para evitar a concorrência de novos players no mercado. Além disso, reguladores na região priorizam a inclusão financeira e promovem um campo de igualdade para novos negócios. Agora, é 100% necessário que os bancos reformulem suas infraestruturas de TI a fim de reduzir seus custos operacionais e oferecer uma experiência digital omni-channel, personalizada e responsiva a seus clientes e clientes em potencial”, pontua Enrique Ramos O´Reilly, diretor regional para América Latina & Caribe da Temenos.
ESTUDO PONTOS CHAVE
– Bancos da América Latina continuam mais focados em reduzir custos aumentar as receitas, com 51% citando ser sua principal estratégia.
– Bancos de varejo na região estão focando os investimentos digitais em canais de distribuição individual, como citado por 63% dos entrevistados, ou na modernização de sistemas de front e back office para suportar jornadas digitais end-to-end dos clientes, como citado por 45%.
– Instituições financeiras da América Latina acreditam que consumidores abandonarão o contato humano por serviços baratos ou gratuitos (68% contra 56% dos entrevistados globais).
– Pagamentos sem dinheiro serão predominantes até 2020, de acordo com 69% dos entrevistados.

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