Comerciante menos confiante em SP

A confiança do comerciante paulistano segue baixa em junho, segundo revela o Índice de Confiança do Empresário do Comércio no município de São Paulo, Icec, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP. O índice registrou queda de 1,7% ao passar de 117 pontos em maio para 114,9 pontos em junho – em uma escala que varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (total otimismo). Ele é composto pelo Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio, Icaec, pelo Índice de Expectativa do Empresário do Comércio, IEEC, e pelo Índice de Investimento do Empresário do Comércio, IIEC.
A terceira queda consecutiva do Icec decorre, principalmente, pela baixa verificada no Icaec, que registrou queda de 3,6% ao passar de 92,8 em maio para 89,4 pontos em junho. A baixa de 2,3% do IIEC, que passou de 108,5 para 106 pontos em junho, também ajudou para derrubar a confiança do comerciante. Por outro lado, o IEEC apresentou-se praticamente estável, com ligeira queda de 0,1% permanecendo com 149 pontos. 
 
Ao analisar os itens do Icaec, o índice que mede as condições atuais das empresas comerciais teve queda de 7,1%, ao passar de 107,9 em maio para 100,2 pontos em junho. Já a confiança dos comerciantes em relação às condições da economia no curto prazo manteve-se estável, com 80,2. Porém, os comerciantes paulistanos não estão satisfeitos com as condições atuais do comércio, cujo índice registrou em junho, decréscimo de 2,7%.
 
Olhando para o futuro, 85,1% dos empresários afirmam que a expectativa de crescimento para o setor é positiva. A expectativa da economia brasileira também segue nessa tendência, em que 82,3% acreditam em melhora. Além disso, 88,6% afirmam que a própria empresa também deve crescer. Reforçando essa percepção, 66% dos empresários pretendem aumentar o quadro de funcionários e 59,8% desejam ampliar o nível de investimentos da empresa. O comerciante também se mostra satisfeito com seu estoque em junho, e 59,7% afirmam que está em um nível adequado.
De acordo com a FecomercioSP, a terceira queda consecutiva do indicador mostra que o fraco desempenho do nível de atividade econômica tem gerado um tímido grau de satisfação dos comerciantes. O que leva o comércio a essa acomodação é a queda nas vendas, que estão em patamares baixos, considerando o histórico recente. Parte dessa perda de confiança, segundo a federação, pode ser atribuída também pela alta dos preços, assim como a desaceleração da renda real e ao encarecimento do crédito ao consumidor.

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