Comerciante paulistano segue pessimista

Apesar de registrar melhora na confiança em setembro, o comerciante paulistano segue pessimista com o cenário econômico atual. Isso é o que revela o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, ICEC, no município de São Paulo, medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP. O indicador apresentou alta de 2,3%, passando de 98,3 pontos em agosto para 100,6 em setembro. 
 
Entre os indicadores que compõem a confiança do comerciante, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio, ICAEC, demonstrou que a percepção sobre o momento atual é de pessimismo. O índice caiu 1,5% para 66,2 pontos, contra 67,2 registrados em agosto. O aumento de 5,4% no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio, IEEC, para 138,9 pontos, juntamente com a alta de 0,8% no Índice de Investimento do Empresário do Comércio, IIEC, mostram uma perspectiva de melhora no cenário futuro. 
 
Na análise por porte, as empresas com mais de 50 empregados já haviam revertido a tendência de queda em agosto, comportamento agora que também se repete para as empresas de menor porte. O comportamento, segundo a FecomercioSP, é comum na economia, com a confiança melhorando primeiro nas empresas maiores para, depois, atingir as menores, indicando uma sensação de ligeiro ajuste no setor – ainda que modesto e não conclusivo. O ICEC das empresas com mais de 50 empregados alcançou 122 pontos, alta de 9,5% em relação a agosto. No mesmo período comparativo, o ICEC das empresas com até 50 empregados cresceu 2,1% atingindo 100,1 pontos.
 
De acordo com a assessoria econômica da Entidade, a inflação tem sido a principal influência do resultado do índice. O pessimismo atual, ainda segundo os assessores, é reflexo de um cenário que tem acompanhado as constantes altas dos preços e o crédito mais caro. No entanto, os indícios de desaceleração do avanço inflacionário – registrados de abril a julho – reduziram as incertezas sobre o rumo dos preços, contribuindo para uma melhor perspectiva da confiança nos próximos meses. Além disso, a expectativa de mudança na política econômica nacional, sinalizada durante as eleições, contribuiu para o sentimento dos comerciantes.

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