Autor: Thiago Miranda
Em tempos de pandemia, o varejo teve que se reinventar para continuar relevante para os consumidores. Subitamente, lojas físicas foram fechadas e o e-commerce se tornou principal canal de vendas e relacionamento com clientes. O comércio de bens essenciais apresentou um enorme crescimento, enquanto os considerados produtos “não-essenciais”, como roupas, eletrodomésticos e eletrônicos, sofreram forte queda.
No último mês, houve uma corrida pela digitalização de diversos negócios que não estavam preparados para a transformação e que se viram obrigados, de uma hora para outra, a migrar suas operações para o ambiente online. Presenciamos uma transição, que levaria até cinco anos para ser colocada em prática, implementada em menos de 15 dias em muitos negócios.
A sociedade também está passando por uma mudança forçada. Houve um aumento significativo de novos consumidores nos canais digitais e a tendência é que os hábitos de consumo também saiam dessa crise completamente diferentes.
Os negócios precisam não só de uma adaptação ao cenário trazido pela pandemia, mas também de uma estratégia de transformação junto com o novo consumidor pós-crise. Mas para chegar lá, é preciso sobreviver.
O que é inteligência artificial?
Antes de compreender como a inteligência artificial pode ser utilizada no varejo e os diferentes benefícios que oferece para esse segmento, é importante atualizarmos os conhecimentos sobre qual a sua finalidade.
A IA é um campo de estudo que evoluiu a partir da ciência da computação e o seu conceito remonta a praticamente do mesmo período do surgimento dos primeiros computadores.
A grosso modo, podemos afirmar que a inteligência artificial é a capacidade que máquinas e computadores têm de imitar o processo de raciocínio humano e a tomada de certas decisões de maneira autônoma.
Essa capacidade foi desenvolvida graças ao aumento do poder de processamento dos chamados softwares inteligentes. Desde então, o crescimento da IA tem sido exponencial, levando ao surgimento de várias tecnologias nela baseadas, aplicadas às mais diferentes situações.
Esses dispositivos computacionais dotados de habilidades para replicar atividades cognitivas humanas são usados hoje para finalidades
distintas, como o processamento de grandes quantidades de dados que potencializam melhores decisões, a racionalização de processos e novas forma de relacionamento entre clientes e empresas.
Mas como a IA pode ajudar a sobreviver à crise?
Com uma grande retração na economia e um efeito cascata que abrange todas as camadas da sociedade, as palavras de ordem são: economia e efetividade da operação. Os gastos precisam ser otimizados e os investimentos precisam render mais do que antes.
É neste cenário que a Inteligência Artificial pode ser a maior aliada das empresas durante e após a crise. A redução dos custos operacionais é
obtida com a automatização dos processos, que traz economia na contratação de funcionários e mais produtividade, já que sua equipe pode focar em atividades que realmente tragam impacto positivo para os negócios.
Para a logística, as aplicações de IA ajudam a reduzir despesas com armazenagem e distribuição dos seus produtos. A gestão de estoque
automatizada é importante aliada na tomada de decisão, indicando quais mercadorias são mais vendidas e quais ficam mais tempo nas prateleiras.
Outro benefício da IA é a otimização dos custos de fretes, tanto para os clientes como para os e-commerces. A aplicação permite criar um roteiro de entregas por geolocalização de maneira eficiente trazendo mais economia em todo o processo.
A inteligência artificial também atua na precificação dinâmica, na previsão de demanda, na criação de campanhas, na personalização da jornada de compra e em uma série de outros processos. Investir em aplicações desse tipo ajudará as empresas a sobreviver a essa crise de maneira efetiva. O momento é difícil, mas dá para superá-lo.
Thiago Miranda é fundador da Vito.ai.