Muitas empresas passam por um período em que é preciso mudar, seja para resolver crises, corrigir rotas, melhorar resultados ou promover o crescimento. É preciso buscar uma reestruturação, chegando até, às vezes, a ter que mudar drasticamente o conceito e aparar as arestas. Boa gestão, comunicação e muita observação são as dicas do especialista Marcelo Alvim, sócio-diretor da DM&P para que as corporações possam sair desse processo mais fortes do que entraram. O primeiro passo é olhar para a própria empresa e fazer uma análise profunda, não apenas na organização, mas também na forma de atuação. “Para toda e qualquer transformação significativa, a mudança na essência, ou seja, na forma como a organização entende seu papel na sociedade, é necessária”, explica Marcelo.
“Isso significa repensar não apenas o tipo de produto ou serviço oferecido, mas também a seleção de fornecedores, o nível de compromisso do colaborador e a forma como os desenvolve, entre outras coisas”, completa. O especialista ressalta que isso acaba se refletindo na maneira de captar novos negócio e, principalmente, no atendimento das demandas dos clientes. Além disso, é preciso conhecer bem o mercado para evitar passos em falso. “Uma das maiores competências que um gestor precisa ter é o conhecimento sobre o mercado, os concorrentes e os aspectos mais abrangentes como a conjuntura econômica e política do Brasil e do mundo”, afirma o diretor.
E para conhecer bem o mercado, e saber interpretar suas informações, é necessário que a empresa tenha profissionais capacitados. “As organizações devem ter gestores qualificados para obter tais informações, compreender de forma crítica e analítica as necessidades, tanto em relação ao ambiente interno, quanto externo à organização, bem como fornecer respostas adequadas a essas necessidades”, completa Marcelo.
O passo seguinte é a elaboração de um plano detalhado do que se pretende fazer com a empresa, traçando os caminhos a serem seguidos. “Os processos de reestruturação devem estar alinhados com os objetivos estratégicos pretendidos pela organização. Isso significa que os gestores que pretendem mudar devem elaborar – planejamentos estratégicos de curto, médio e longo prazo, além de estabelecer formas de avaliação dos resultados alcançados”, explica o especialista.
Ele também aponta a comunicação como um aspecto essencial para o sucesso ou o fracasso de uma reestruturação. “A comunicação sobre a mudança normalmente gera expectativas positivas e negativas e, portanto, possibilidades de satisfação ou frustração”, pondera Alvim.
