A confiança do consumidor brasileiro subiu quatro pontos em julho, marcando 144 pontos ante 140 em junho, como mostra o Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo. O INC varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. Para a Associação Comercial de São Paulo, ACSP, o aumento captou o efeito pós Copa do Mundo, com a volta da economia e das vendas à normalidade, porém a subida é pontual e não configura tendência de alta. “O aumento é circunstancial e se soma à melhora de outras variáveis, como o IPCA de julho, que surpreendeu e foi praticamente zero, apontando para estabilidade. Porém, é preciso aguardar os próximos meses para avaliar melhor o cenário”, afirma Rogério Amato, que é presidente da ACSP e da Facesp, Federação das Associações Comerciais do Estado de SP.
Pela primeira vez, desde que o INC começou a ser feito, o consumidor do Nordeste está mais otimista do que o do Sudeste. Com boas safras agrícolas decorrentes das chuvas, a confiança no Nordeste marcou 135 pontos em julho, ante 127 em junho. Já no Sudeste, o INC foi de 134 pontos, mesmo assim, quatro pontos a mais do que em junho. No Sul, o índice foi de 168 pontos ante 173 em junho e na região Norte/Centro Oeste o otimismo continua o mais alto, puxado pelo agronegócio (189 pontos ante 188 em junho).
A confiança dos consumidores da classe AB subiu cinco pontos: foi de 130 pontos em julho ante 125 em junho. Eles voltaram a gastar com passagens aéreas e hotéis, que antes estavam mais caros por causa da Copa. Na classe DE, o INC foi de 130 pontos, três a menos do que em junho, possivelmente um reflexo dos preços ainda altos de alimentos. A classe C permanece a mais otimista e registrou 149 pontos ante 145 em junho. Outro dado que chama a atenção é a queda do número médio de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego: foi de 3,8 pessoas em julho ante 4,3 em junho. Além disso, em julho, 35% dos entrevistados disseram estar seguros no emprego. Em junho, eram 31%.