A confiança do consumidor paulista teve ligeira alta em agosto, segundo apurou o Índice de Confiança do Consumidor, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. No contraponto a julho, o ICC subiu 0,2%, atingindo 130,7 pontos na região metropolitana de São Paulo. Vale lembrar que o ICC varia de 0 a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse patamar.
Na avaliação por sexo, entre os homens, o Índice de Confiança do Consumidor subiu 1,7% (135,6 pontos), enquanto que, entre as mulheres a redução foi de 1,1% (126,2 pontos). No IEC, o grupo dos homens registrou alta de 4,1% (132,8 pontos), no contraponto às mulheres, que tiveram ligeira elevação de 0,8% (120,6 pontos). Geralmente, o sexo feminino se mostra menos tolerante a fatos inerentes à sociedade.
Ainda segundo o ICC, em relação a idade, os consumidores com menos de 35 anos, estão mais otimistas, alta de 1,4% (134,2 pontos). Em compensação, entre aqueles com 35 anos ou mais, houve queda de 1,8% (124,9 pontos). Na segmentação por renda, os consumidores com renda inferior a 10 salários mínimos tiveram leve alta de 0,2% no ICC em agosto, chegando a 124,8 pontos. Entre os que ganham acima de 10 salários mínimos, houve alta de 0,1% (142 pontos).
O resultado do ICC foi influenciado pela dicotomia entre os resultados do Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC). O ICEA, que mede a percepção do consumidor em relação ao presente, apresentou queda de 2,5%, chegando a 137 pontos, enquanto o IEC, que indica a percepção do consumidor em relação ao futuro, apresentou alta de 2,4% e chegou a 126,5 pontos. A crise aérea, que ganhou ainda maior destaque após a o acidente em Congonhas, certamente foi um dos determinantes dessa piora da avaliação sobre a situação atual da população paulistana. Um levantamento realizado na semana do acidente aéreo em São Paulo mostrou uma retração significativa de 10% no ICEA.