Com um pequeno aumento de 0,1%, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), permaneceu estável em novembro. Composto por dois indicadores, Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice de Expectativa ao Consumidor (IEC), neste mês, a pesquisa registrou 116 pontos ante os 115,8 pontos de outubro. No comparativo anual, o indicador descreveu queda de 16%.
Os dois quesitos que compõem o indicador apuraram resultados distintos. De acordo com o IEC, os consumidores paulistanos esperam melhora na situação futura da economia, como demonstra o avanço de 121,6 pontos em outubro para 124,4 pontos em novembro: alta de 2,3%. Por outro lado, a percepção dos consumidores em relação ao momento atual, medida pelo ICEA, caiu 3,4% e chegou aos 103,4 pontos, o menor patamar desde outubro de 2005, quando alcançou 99,5 pontos.
Esse resultado negativo se deu principalmente pela queda de confiança atual da parcela de consumidores com renda superior a dez salários mínimos, o público feminino e os consumidores com menos de 35 anos de idade. A análise do ICEA, na avaliação que abrange renda salarial, gênero e faixa etária, registrou um recuo de 14,7% em relação ao outubro, chegando à área do pessimismo, aos 96,8 pontos. No mês anterior, o apontado foi de 113,5 pontos. Já a confiança dos consumidores com até dez salários, na mesma base de comparação, subiu 2,3%, ao passar de 104,1 pontos em outubro para 106,5 pontos em novembro.
Para a assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado da pesquisa revela um consumidor cada vez menos otimista com a situação socioeconômica atual do País. O orçamento das famílias permanece apertado pela perda do poder de compra e pelo aumento dos preços repassados ao consumidor. No entanto, com a proximidade do fim do ano e a perspectiva de uso do 13º salário, há uma tendência de aumento no índice de confiança.